Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Emprego foram gerados, em Goiás, 12.459 novas colocações com registro em carteira (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo) no primeiro trimestre de 2015, representando um acréscimo de 1,01% em relação ao estoque de dezembro de 2014, resultado bastante positivo se comparado ao nacional, que teve redução de 0,05% no número de empregos formais. Este resultado fez com que Goiás ocupasse o terceiro lugar em termos relativos e o quarto em termos absolutos, na geração de emprego formal no acumulado do ano, dentre as vinte e sete Unidades da Federação, conforme observado no gráfico e tabela 1.

Tabela 1 – Ranking dos Estados: Evolução do emprego formal do primeiro trimestre de 2015 – Variação Absoluta

Fonte: MTE/Cadastro Geral de Empregados e Desempregados lei 4.923/65.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais.

Março de  2015

O gráfico 3 mostra  que  o mês de março de 2015 obteve o melhor saldo de empregos formais desde junho de 2014, indicando uma possível recuperação na geração de empregos formais em Goiás. Ao comparar os resultado registrados em março durante a série histórica analisada, gráfico 4, observou-se que este saldo foi bem superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior (+2.098). No entanto, é considerado baixo para este mês, o segundo pior resultado desde 2009. Apesar disso, a quantidade de empregos gerados impressiona, Goiás contribuiu com 32% do saldo de empregos formais registrados no País (+19.282). Ressalta-se que há uma tendência de crescimento linear na geração de empregos no mês, indicando taxas positivas para os próximos meses.

A maior quantidade de vagas geradas no mês de março (61,20%) foi para trabalhadores na faixa etária de 18 a 24 anos de idade (3.780 vagas). Os dados apontam também que apenas 29% das vagas geradas foram para o sexo feminino. Alem disso observou-se que 68,60% das vagas foram para os trabalhadores com nível médio completo (4.237 vagas).

O setor que mais criou vagas de empregos formal no mês foi a indústria de transformação, 2.246 vagas, aumento de 0,96% em relação ao estoque do mês de fevereiro. Destacaram-se os subsetores químico, produto farmacêutico e veterinário (1.109 vagas) e de produtos alimentícios e bebidas (1.103 vagas). Nestes subsetores se sobressaíram as atividades de fabricação de álcool (817 vagas) e de fabricação de açúcar em bruto (421 vagas).

No setor de serviços, segundo lugar na geração de empregos, com 2.322 novas colocações, destacou-se o subsetor de transporte e comunicação, com 1.681 vagas. Os segmentos de transporte rodoviário de carga e de teleatendimento foram os que mais contribuíram para a geração de empregos, 1.344 e 646 vagas, respectivamente.

A agropecuária, terceira atividade com maior geração de empregos, gerou 1.620 novas vagas, um crescimento de 1,78%, maior variação relativa do estoque de empregos no mês. O cultivo de plantas de outros produtos da lavoura temporária (feijão, milho, ervilha, etc) foi o segmento que mais gerou empregos (874 vagas), seguida pelo cultivo de cana de açúcar (303 vagas).

O setor de comércio teve um saldo de 1.611 vagas, variação de 0,55% no estoque. O comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – hipermercados foi o que mais gerou vagas (+394).

O pior saldo registrado foi na construção civil, -1.849 vagas, decréscimo de 2,01% em relação ao estoque do mês anterior. Vale ressaltar que as atividades construção de edifícios e de construção de rodovias e ferrovias foram as que mais fecharam vagas neste mês, 617 e 511 vagas respectivamente. Por outro lado, as obras de geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações foram responsáveis por 58 novas vagas de empregos formais.

Gráfico 5 – Estado de Goiás: Empregos gerados segundo atividades econômicas – março 2015

Municípios

Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, vinte e quatro tiveram saldo de empregos formais positivos em março de 2015. Em termos absolutos, Cristalina ficou em primeiro lugar, com saldo de 1.177 postos, impulsionada pelo agronegócio, em segundo vem Goiânia, com 782 postos, e em terceiro Anápolis, com 667 postos. Por outro lado, doze municípios apresentaram saldo negativo, sendo que Aparecida de Goiânia teve a maior perda de postos, com fechamento de 430 vagas de emprego.

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