Crescimento do comércio varejista goiano atinge taxa de 8,7% no primeiro semestre


O comércio varejista no Estado de Goiás em junho de 2011 apresentou resultado positivo, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados, para o volume de vendas o Estado obteve ganho percentual de 8,1% no mês de junho quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, no acumulado do ano 8,7% e em 12 meses 10,4%.  A variação da receita nominal de vendas em junho foi de 13,5%, no acumulado no ano de 13,3% e em 12 meses, de 13,8%.
Com relação ao comércio varejista ampliado, composto pelos segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças e materiais para construção, os resultados foram de 10,1% em junho, de 12,0% no acumulado do ano e nos últimos 12 meses 14,6%, tendo como base o mesmo mês do ano anterior. A receita nominal de vendas no comércio varejista ampliado apresentou um ganho de 11,7% em junho, de 13,9% no acumulado do ano e em 12 meses 16,5%.
O segmento que mais contribuiu para a obtenção dos resultados em termos de volume de vendas foi o de livros, jornais, revistas e papelaria, com 33,3% a mais que em junho do ano de 2010. Por outro lado os segmentos analisados que apresentaram resultado negativo com relação ao volume de vendas foram: combustíveis e lubrificantes, com -3,7%, equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com -0,8% em relação a junho de 2010.

Tabela 1 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2011 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)
Segmentos
Variação (%)
Brasil
Goiás
Variação Mensal
Acumulado
Variação Mensal
Acumulado
No Ano
12 Meses
No Ano
12 Meses
abr/11
mai/11
jun/11
jun/11
abr/11
mai/11
jun/11
jun/11
jun/11
Comércio Varejista Geral
10,2
6,3
7,1
7,3
8,9
9,4
6,1
8,1
8,7
10,4
Combustíveis e lubrificantes
1,5
-2,2
1,1
2,8
5,2
-1,1
-1,6
-3,7
1,4
3,8
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
10,6
1,9
2,7
3,9
5,8
13,3
6,4
8,5
7,3
7,1
Hipermercados e supermercados
10,6
1,8
2,6
3,8
5,6
13,5
6,4
8,7
7,6
7,3
Tecidos, vestuário e calçados
1,5
5,6
12,0
7,8
9,6
5,9
8,6
20,2
12,6
14,0
Móveis e eletrodomésticos
19,3
20,4
16,3
17,7
17,1
4,4
5,7
5,5
8,6
12,6
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
10,5
12,0
12,4
10,5
11,1
17,0
15,6
21,8
20,4
21,1
Livros, jornais, revistas e papelaria
5,8
8,3
8,9
8,6
12,1
21,5
20,3
33,3
15,2
8,3
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
-0,8
23,2
34,3
14,6
18,7
10,8
15,1
-0,8
23,2
19,2
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
12,1
3,3
3,2
6,5
9,2
26,0
1,1
5,3
11,6
14,2
Comércio varejista ampliado geral
12,0
12,9
9,5
9,2
11,0
18,2
17,2
10,1
12,0
14,6
Veículos, motocicletas, partes e peças
15,6
26,0
13,2
12,1
14,2
29,7
30,9
11,8
15,8
19,6
Material de construção
9,8
11,6
13,3
12,6
14,0
6,2
12,7
12,3
8,5
10,0
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio
  Elaboração: Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2011
 
 
Observando-se a média móvel de três meses, verifica-se que houve uma forte desaceleração na passagem de março/11 para junho/11. A média móvel de 12 meses confirma esse movimento decrescente das taxas de variação do volume de vendas do comércio varejista em Goiás (Gráfico 1).
 
 
 
Gráfico 1 – Variação % do volume de vendas
 no comércio varejista de Goiás – média móvel
        
 
                          Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio
                            Elaboração: Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2011

A média móvel de três meses, em relação à receita nominal, apresentou movimento contrário a média do volume de vendas, seguindo um movimento crescente na passagem de maio/11 para jun/11. No que se refere à média móvel de 12 meses, verifica-se que praticamente não houve alteração de maio para junho (Gráfico 2).

Gráfico 2 – Variação % da receita nominal de vendas
 no comércio varejista de Goiás – média móvel

 
                           Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio
                             Elaboração: Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2011
 

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2011 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)
Atividades
Variação (%)
Brasil
Goiás
Variação Mensal
Acumulado
Variação Mensal
Acumulado
No Ano
12 Meses
No Ano
12 Meses
abr/11
mai/11
jun/11
jun/11
abr/11
mai/11
jun/11
jun/11
Comércio Varejista Geral
15,6
10,7
12,1
12,2
13,3
15,4
11,5
13,5
13,3
13,8
Combustíveis e lubrificantes
15,0
10,6
10,5
10,0
9,5
28,4
29,1
18,9
17,5
10,2
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
17,3
8,6
10,4
11,3
12,1
20,0
13,3
16,2
15,1
13,7
Hipermercados e supermercados
17,2
8,3
10,2
11,1
11,8
20,2
13,3
16,3
15,3
13,9
Tecidos, vestuário e calçados
8,8
13,1
21,3
15,5
16,3
11,0
15,2
28,4
18,4
17,6
Móveis e eletrodomésticos
15,1
15,4
12,1
14,7
16,5
-1,3
-1,1
-1,8
2,5
9,5
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
14,7
16,3
17,0
14,6
14,8
19,4
17,9
24,0
23,1
24,1
Livros, jornais, revistas e papelaria
9,7
12,4
13,7
12,7
16,0
22,7
22,9
36,7
17,3
10,2
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
-13,5
6,1
14,6
-0,5
5,6
2,0
6,6
-2,6
11,4
6,1
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
18,3
8,9
9,6
12,7
15,7
33,7
7,9
13,4
18,4
20,8
Comércio varejista ampliado geral
14,9
14,5
12,0
12,0
13,8
20,4
18,9
11,7
13,9
16,5
Veículos, motocicletas, partes e peças
13,6
22,4
10,5
10,6
13,8
28,2
28,2
8,5
14,4
19,4
Material de construção
14,4
15,8
17,4
17,3
19,0
12,3
19,6
18,6
15,7
18,0
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio
Elaboração: Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2011
 
 
Resultados Setoriais do Comércio Varejista Goiano
O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentaram uma elevação de 8,5% no volume de vendas em relação ao mês de junho de 2010, ocasionando em uma elevação da receita nominal de vendas da ordem de 16,2%. No ano essa atividade já acumula um aumento de 15,1% e nos últimos 12 meses de 13,7% em termos de receita nominal. O crescimento dos números desse setor é justificado pelo aumento do poder de compra da população decorrente da manutenção da elevação do emprego e da renda.
A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico obteve um resultado de 5,3% em junho de 2011 em termos de volume de vendas, acumulando no ano um aumento de 11,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação à receita nominal de vendas, esse segmento apresentou ganho de 13,4% em relação a junho de 2010, de 18,4% no acumulado do ano e nos 12 meses, de 20,8%. Tal aumento também é justificado pela expansão da massa dos salários dos trabalhadores.
O setor Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos obteve em junho uma receita nominal de vendas 24,0%, maior que o obtido em junho de 2010, acumulando no ano 23,1% e 24,1% nos 12 últimos meses. A expansão da massa salarial propicia a diversificação do mix de produtos comercializados, contribuindo para o desempenho positivo do segmento.
Em relação a junho de 2010 o setor de tecidos, vestuários e calçados teve uma elevação no volume de vendas de 20,2%, com um aumento na receita nominal de 28,4%, acumulado de 18,4% no semestre e em 12 meses 17,6%. Embora o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o município de Goiânia, referente ao setor de vestuário apresente uma variação no acumulado do ano de 4,07%, ainda assim está abaixo do apresentado no período para a receita nominal, confirmando que o poder de compra da população continua crescente.
 O segmento de veículos, motocicletas, partes e peças, que compõe o comércio varejista ampliado, apresentou um ganho de 11,8% em volume frente ao mesmo mês do ano anterior. Em termos de receita nominal, o setor teve um acréscimo de 8,5% na mesma comparação, no acumulado do ano 14,4% e para o período dos 12 meses 19,4%.
O comércio varejista no Estado de Goiás vem apresentando crescimento superior à média nacional, vários setores como o de livros, jornais, revistas e papelaria e tecidos e vestuários mereceram destaque pelo bom desempenho apresentado. Existem outros segmentos que necessitam de maior atenção, como é o caso do setor de móveis e eletrodomésticos, que vem apresentando resultados negativos desde março deste ano, influenciado pelo aumento da taxa de juros.  Porém houve expansão de outros segmentos, explicada pela melhoria de renda da população, pela maior disponibilização de crédito que influencia nas decisões de consumo, dinamizando o mercado e potencializando o efeito multiplicador do capital sobre a economia, trazendo ganhos para todos os agentes econômicos.
 
 
Equipe de Conjuntura da Seplan:
Dinamar Ferreira Marques
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Luciano Ferreira da Silva
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