Comércio Varejista goiano registra resultados positivos


No
geral observa-se que os segmentos do comércio varejista, sensíveis à renda
disponível e a disponibilidade de crediário, além daqueles que possuem preços
influenciados pelo câmbio, tiveram resultados altamente favoráveis. Sendo que
em Goiás os dados tanto gerais quanto setoriais, apresentaram resultados muito
acima da média nacional, sendo a exceção mais representativa o setor de
combustíveis e lubrificantes.

O
comércio varejista ampliado apresentou em Goiás, no mês de setembro, um bom
resultado com crescimento no volume de vendas de 13,74% e na receita nominal de
14,13% considerando o mesmo período do ano anterior, sendo que em nível
nacional os valores foram 10,33% e 10,53% respectivamente. Considerando o
indicador em relação ao mês anterior com ajuste sazonal, o comercio varejista
goiano apresentou um acréscimo no volume de vendas de 5,16%, e na receita
nominal um aumento de 6,98%. No Brasil estes valores foram 2,06% e 1,73%
respectivamente.

O
setor combustíveis e lubrificantes ainda apresentou resultados fortemente
negativos com queda no volume de vendas (-22,9%) e na receita nominal (-7,56%).
Estes dados indicam uma situação muito aquém dos resultados nacionais, que
indicaram queda de 6,48% no volume de vendas e ampliação de 4,14% na receita
nominal.

O
setor hipermercados e supermercados, altamente sensível à renda disponível
das famílias e à massa salarial, apresentou resultados amplamente favoráveis,
muito acima da média nacional, com o volume de vendas apresentando um
crescimento de 25,68% e a receita nominal 24,62%. No Brasil estes valores foram
11,64% e 10,69% respectivamente.

O
setor de tecidos, vestuários e calçados, que também é muito sensível à
renda disponível apresentou forte crescimento no volume (10,29%), e acréscimo
na receita nominal de 18,54%. Outro aspecto que tem influenciado no setor é a
entrada cada vez mais forte no mercado de artigos importados, em especial da
China em decorrência dos baixos custos de produção daquele país e do câmbio
altamente favorável à importação, o que torna os produtos importados mais
competitivos.

O
setor móveis e eletrodomésticos apresentou um excelente crescimento de 20,45%
no volume e 15,98% na receita de vendas. É um segmento que tem apresentado
resultados positivos há vários meses, apesar do alto índice de endividamento
dos consumidores, no entanto o ainda abundante crédito ao consumidor apesar das
elevadas taxas de juros, baixos preços ocasionados pelo câmbio e a renda
disponível tem impactado positivamente no setor.

O
segmento material de escritório e informática vem sendo beneficiado pelo câmbio
e pela entrada agressiva das grandes redes de varejo que possuem crediário próprio,
além do incentivo às vendas do computador popular. Nacionalmente as vendas
tiveram em setembro um crescimento no volume  de 26,57% e na receita nominal de 10,28%. Em Goiás este
segmento vem apresentando resultados inferiores à média nacional. O volume de
vendas apresentou uma elevação de 3,99% e a receita nominal uma queda de
–13,5%, ocasionada pela continuidade da redução dos preços.

 

Tabela
3

Estado
de Goiás e Brasil: Variação de volume de vendas no comércio
varejista ampliado – setembro de 2006

Segmentos

Variação
(%)

Brasil

Goiás

Set.

No
ano

Set.

No
ano

Combustíveis
e Lubrificantes

-6,48

-9,22

-22,9

-19,81

Hipermercados
supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo

11,04

7,66

23,31

15,32


Hipermercados e Supermercados

11,64

7,7

25,68

17,42

Tecidos,
vestuários e calçados

2,58

1,69

10,29

-1,6

Móveis
e eletrodomésticos

20,61

9,6

20,45

12,34

Artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

4,14

3,89

-1,9

19,09

Livros,
jornais, revistas e papelaria

1,05

0,94

32,84

26,84

Equipamentos
e materiais para escritório, informática e comunicação

25,67

34,74

3,99

5,05

Outros
artigos de uso pessoal e doméstico

27,18

16,34

-4,62

-2,59

Veículos,
motores, partes e peças

10,07

5,28

21,4

9,53

Material
de construção

13,8

3,74

0,56

0,61

Comércio
varejista  geral

10,33

5,53

13,74

7,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas,
Coordenação de Serviços e Comércio.

 

 

Tabela
4

Estado
de Goiás e Brasil: Variação de receita nominal no comércio varejista
ampliado –  setembro de  2006

Segmentos

Variação
(%)

Brasil

Goiás

Set.

No
ano

Set.

No
ano

Combustíveis
e Lubrificantes

4,14

4,06

-7,56

-7,98

Hipermercados
supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo

10,12

6,16

22,33

13,6


Hipermercados e Supermercados

10,69

6,2

24,62

15,69

Tecidos,
vestuários e calçados

8,07

7,04

18,54

7,18

Móveis
e eletrodomésticos

15,24

7,32

15,98

10,26

Artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

9,21

9,56

1,86

24,9

Livros,
jornais, revistas e papelaria

4,93

6,25

40,85

31,43

Equipamentos
e materiais para escritório, informática e comunicação

10,28

16,65

-13,5

-11,09

Outros
artigos de uso pessoal e doméstico

27,92

21,4

1,42

5,03

Veículos,
motores, partes e peças

8,36

6,56

18,06

8,45

Material
de construção

17,37

8,04

4,56

4,29

Comércio
varejista  geral

10,53

7,19

14,13

8,48

Fonte:
IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

 

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo