Trânsito na mídia – O Popular

Em 2010, atendendo a uma convocação da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil tornou-se signatário da resolução Década de Ação para Segurança Viária – 2011-2020, que prevê, por meio de ações eficientes dos governos, em todos os níveis e âmbitos de competência, a redução dos acidentes de trânsito no país em 50% neste período. Estima-se que o trânsito poderá provocar, em 2020, 1,9 milhão de mortes em 178 países do mundo.

Todo cidadão tem o direito de ter um trânsito seguro. Por isso, Goiás faz parte deste chamamento mundial e desenvolve uma série de ações para reduzir a violência no trânsito. O Detran-GO, por exemplo, atua em três frentes pela segurança viária: inteligência (identificar pontos de conflitos), prevenção (programas educativos e de engenharia de tráfego) e repressão (garantindo o cumprimento das leis de trânsito).

Mas o poder público, sozinho, não tem capacidade de transformar essa realidade. É necessário que a sociedade reflita sobre seu papel. Qual é o trânsito que estamos construindo? Qual é o trânsito que queremos? Será que as próximas gerações merecem receber esse trânsito?

Um trânsito melhor e mais humano só será possível com educação e respeito mútuo. Motoristas, motociclistas e pedestres têm de se conscientizar de que ruas, avenidas e estradas são de todos. E não custa nada ser gentil. Gentileza, um sorriso ou uma palavra afável desarma a irritação do outro. É uma corrente do bem, que pode ser formada a partir de um pequeno gesto amoroso. Essa mudança é capaz, inclusive, de melhorar a qualidade de vida. Quem sofre menos com o estresse, vive mais.

Por outro lado, as regras de trânsito precisam ser respeitadas, elas existem para que o trânsito flua de maneira correta. Deixe o celular no bolso e não misture bebida alcoólica com direção. Ambas as situações diminuem a atenção do motorista, o que pode levar a colisões graves. E acidente não pode ser visto como algo inesperado, obra de outra pessoa. Somos nós quem provocamos a violência no trânsito. Somos nós quem precisamos evita-la.

O poder público não se exime de sua responsabilidade de trabalhar diuturnamente na construção de um trânsito mais seguro em Goiás, mas o papel de humanização precisa ser abraçado pela sociedade. Esse esforço em conjunto é capaz de criar uma nova cultura da segurança no Estado, de modo a levar motoristas e pedestres a uma drástica mudança de comportamento. Vamos fazer um trânsito mais seguro!

Manoel Xavier Ferreira Filho

Presidente do Detran-GO

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