Troféu MIlton Santos é entregue à UEG

No ano de 2005, se destacando como vanguarda nesse tema, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) adotou o sistema de cotas para estudantes negros. No primeiro Processo Seletivo, foram 37 estudantes que ingressaram na Instituição por meio do sistema. Dez anos após a instalação das políticas afirmativas para negros, a UEG alcança o marco de 6002 estudantes negros que ingressaram por meio das cotas.

Esse é um dos aspectos que levou a Secretaria da Mulher, Desenvolvimento Social, Igualdade Racial, Direitos Humanos e Trabalho do Governo de Goiás a premiar a Instituição com a Comenda Zumbi dos Palmares.

A homenagem

A UEG recebeu o troféu Milton Santos, direcionado a Instituições de Ensino Superior que se destacam na luta contra a discriminação e o preconceito racial. O reitor da Universidade, professor Haroldo Reimer, participou da cerimônia e recebeu o prêmio em nome da UEG.

“Com este troféu, o Estado de Goiás reconhece o papel de vanguarda da UEG no sistema de cotas raciais. Antes mesmo antes de o país começar a discutir o tema, a UEG, à frente de seu tempo, demonstrou a necessidade de aplicar as cotas, contribuindo para um país cada vez melhor”, afirma a secretária da Mulher, Desenvolvimento Social, Igualdade Racial, Desenvolvimento Humano e Trabalho.

Formando cidadãos

Há cerca de um ano a UEG aprovava, em plenária do Conselho Superior Acadêmico (CsA), as disciplinas que iriam compôr o Núcleo Comum da Universidade. Dentre elas está a disciplina Diversidade, Cidadania e Direitos, cuja ementa será baseada nas diferenças sociais, valorizando o respeito, as discussões de liberdade, direito planetário e sustentabilidade socioambiental.

O professor Haroldo Reimer aponta que com essa ação, a Instituição firma, na matriz curricular de todos os cursos os oferecidos, debates a respeito da igualdade de direitos e a luta contra os preconceitos. “Essa nova disciplina é essencial para o papel que a Universidade que assume o papel de formar cidadãos e contribuir para o crescimento social e humanístico das comunidades em que está inserida”, afirma.

Demais ações

O Centro Interdisciplinar de Estudos África-Américas (CieAA), uma parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), tem oferecido cursos de aperfeiçoamento para professores. A intenção é promover a capacitação e a criação de materiais capazes de retratar o continente africano e suas expressões culturais.

Diversos projetos de pesquisa e de extensão que têm como foco discussões e estudos sobre questões raciais. Dentre eles está o projeto de extensão Cine Afro-educação, desenvolvido no câmpus Goiás. O objetivo é promover discussões, junto à comunidade local, sobre questões raciais e a formação de estereótipos com base em produções audiovisuais. Na edição nº 16 do Jornal UEG, a matéria de capa aborda a temática de igualdade racial, seguindo a linha editorial que tem como um dos focos os Direitos Humanos e a diversidade. A matéria, que tem como foco o acesso da população negra ao Ensino Superior no Brasil.

Governo na palma da mão

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