Segurança soluciona 75% dos homicídios registrados em 2016

Balanço da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) apresentado na segunda-feira (19/12) mostra que 75% dos crimes foram solucionados, quando em 2015 a resolutividade ficou em 45%. “Para se ter ideia, os EUA conseguem elucidar cerca de 65% dos casos. Então, se conseguimos 75%, é um índice bem superior”, afirma o delegado titular, Douglas Pedrosa. “Estamos em níveis de países de primeiro mundo”, explicou

Homicídios tiveram redução de 24,63% em Goiânia, em 2016, com 410 registros. No ano anterior, foram 544 no mesmo período. Nesse ano, 343 inquéritos concluídos foram remetidos ao Poder Judiciário, ou seja, 54,55% a mais que 2015 (222 processos). “O tráfico era responsável por 80% dos homicídios ocorridos na capital, então nossa missão era prender traficante que mata”, afirmou Douglas ao explicar que, em 2015, a DIH registrou a detenção de 221 suspeitos. Em 2016 esse número subiu para 426, ou seja, uma variação positiva de 92,76%. “Somente traficantes foram presos mais de 200”, afirma. “Nunca se prendeu tanto traficante que mata, nunca se apreenderam tantas armas e drogas, além de mandatos de prisões cumpridos”, explicou.

Estatísticas

Goiânia teve 37,55 homicídios por cada 100 mil habitantes em 2015. Já neste ano, foram 28,3, números abaixo da média nacional, que foi de 29,1 para cada grupo de 100 mil habitantes. Os dados são do Atlas da Violência 2016, estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (IPEA) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FPSP).

O delegado afirmou que ações mais firmes de repressão ao crime de homicídio partiram de uma determinação do vice-governador e titular da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), José Eliton, no começo deste ano, quando ele assumiu a pasta. “Vivíamos uma situação muito preocupante, com números superiores à média nacional e isso serviu de padrão para o investimento na delegacia”, citou ao avaliar a alta capacidade dos profissionais da especializada. Parcerias com o Ministério Público, Poder Judiciário e Polícia Militar também foram primordiais para alcançar melhores resultados.

Outro ponto apresentado são as ações coordenadas pelas delegacias nas Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP). Na região Noroeste da capital eram registrados cerca de oito homicídios por mês. Em setembro deste ano, por exemplo, ficaram em apenas três casos. Já na região Oeste a média era 6,9 homicídios por mês. Em agosto, esse número foi de dois. Nesta região, a DIH efetuou a prisão de 12 homicidas no mês anterior. Douglas esclareceu que a prisão de traficantes evita outros crimes e, por isso, é visível a redução nessa modalidade de crime.

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