Marconi propõe substituir regime semiaberto por sistema de monitoramento em Goiás

Ao comandar mais uma rodada de reuniões com representantes do Programa Goiás Mais Competitivo e Inovador, o governador Marconi Perillo propôs na tarde de terça-feira (7/2) que em Goiás seja implantada a substituição do regime semiaberto pelo de monitoramento de presidiários. Marconi encaminhou aos secretários Edson Costa (Segurança Pública) e Joaquim Mesquita (Segplan) a determinação para que sejam feitos estudos técnicos e avaliação da possibilidade.

Na abertura do encontro, o governador relatou que tem recebido queixas de prefeitos sobre crimes praticados por presos do regime semiaberto. Marconi citou o caso de Aparecida de Goiânia para alertar a gravidade do problema. Segundo ele, ontem mesmo, após receber em audiência o prefeito Gustavo Mendanha e o ex-prefeito Maguito Vilela, determinou que no município seja extinto o regime semiaberto e acionado exclusivamente o modelo de monitoramento de presos.

“O ex-prefeito e o atual prefeito de Aparecida trouxeram a mim dados que comprovam que a maior parte dos presos do regime semiaberto comete crimes durante o dia, quando estão fora do presídio, e e depois retornam ao presídio para dormir. Essa é uma realidade. Olha, se é verdade isso, e todas as evidências indicam que sim, nós temos que partir imediatamente para transformar esse custodiado em monitorado, porque ele será monitorado o dia inteiro pelo nosso sistema de inteligência. No semiaberto, ele não é monitorado. Com base nas queixas, ontem mesmo orientei o secretário Edson a acabar com o semiaberto em Aparecida”, narrou Marconi.

O governador solicitou os estudos para ampliar a mudança para todo o Estado de Goiás. Além da questão do semiaberto, determinou ainda que seja agendada uma reunião com membros do Tribunal de Justiça para tratar da Regionalização do Sistema de Execução Penal. A pretensão de Marconi é construir Unidades Prisionais em cinco regiões do Estado, cada uma com capacidade média para 800 presos. Contudo, ele solicitou a avaliação da capacidade máxima dos presídios de alta complexidade para preferencialmente se limitarem a 300 vagas.

Ele informou também que agendará uma audiência com o ministro da Justiça em exercício, José Levi, para solicitar recursos destinados à construção de novas Unidades Prisionais e a conclusão das obras em andamento (a mais urgente é Planaltina). O governador pediu também a avaliação da equipe para indicarem qual modelo de gestão é mais adequado a ser adotado em Goiás, considerando custo benefício e segurança. Solicitou também estudos para que ele defina o que é necessário para suprir o déficit de vagas nos presídios, conforme remanejamento para os monitorados.

Regionalização

Para implementar o programa de Regionalização de Unidades Penitenciárias, o secretário justificou que seria necessário dotar o sistema de níveis de gestão que possibilite a custódia a partir da classificação técnico criminal e de um conjunto de critérios pré-estabelecidos, que considere comportamento, disciplina, periculosidade, recorrência e envolvimento com organizações criminosas.

As premissas do projeto englobam a gestão das vagas e movimentação dos presos a cargo do Estado (SEAP); e a gestão prisional comporta quatro níveis de segurança (máxima, alta, média e módulo de respeito), possibilitando o atendimento com padrões de estruturas físicas diferenciadas. Os objetivos principais da regionalização da gestão prisional seriam reduzir custos e otimizar a administração.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo