Marconi diz que decréscimo real da receita impede reajuste salarial

Ao proferir palestra no encerramento do 1º Fórum de Empreendedorismo – Estratégias de Sucesso para 2016, realizado na quarta-feira (2/12), no Hotel K, em Goiânia, o governador Marconi Perillo explicou os motivos pelos quais o Estado não irá conceder, neste ano, qualquer tipo de reajuste salarial aos servidores.

Ao justificar o não pagamento de algumas datas bases, Marconi lembrou que o Estado apresentou um orçamento projetando um crescimento real da receita da ordem de 8%. Os aumentos que foram compromissados, por conta das negociações com os sindicatos dos servidores, basearam-se nesta projeção. “Tive o cuidado – salientou –  de vincular os aumentos deste ano ao crescimento da receita. Ou seja, crescimento real, aumento real”.

Ele anunciou que o Estado terá 2% de decréscimo real na receita do Estado este ano. Com isso, fica inviável dar os aumentos. “O fato é que eu tive a coragem de enviar esta semana para a Assembleia um projeto de lei postergando para o ano que vem os aumentos previstos para este ano”. Com as políticas que vem implantando em relação aos ajustes fiscal e financeiro, o Estado, segundo o governador, deverá chegar ao final do ano sem restos a pagar e com um déficit financeiro próximo do zero. Isso vai permitir à administração que faça os investimentos previstos para 2016.

Marconi destacou que o Estado deverá chegar ao final deste ano com uma economia real de aproximadamente R$ 3 bilhões: “Se nós não tivéssemos cortado na carne, chegaríamos hoje mais ou menos com a situação parecida com a de estados que não têm dinheiro para pagar os salários de dezembro e outros sem recursos para pagar o 13º dos servidores”.

Fórum

Promovido pela Associação de Jovens Empreendedores e Empresários de Goiás (AJE Goiás), LIDE Goiás e Instituto Deândhela, o evento teve a presença de renomados palestrantes, que apresentaram cases e estratégias de sucesso e debateram temas voltados à prosperidade de pessoas e empresas. Depois de uma palestra de aproximadamente 20 minutos, o governador foi sabatinado pelo presidente do Sebrae, Igor Montenegro, pelo presidente do Lide-Goiás, André Rocha, e pelo presidente da AJE-Goiás, Cledistonio Júnior. Por mais 25 minutos abordou vários temas relativos ao crescimento do estado, programas e parcerias com o mundo empresarial.

Marconi disse que trabalha para que Goiás chegue nos próximos três anos entre os cinco mais importantes estados inovadores do País. “Hoje nós somos ainda o 13º É uma meta ousada, mas não impossível. No último ano de competitividade nós ficamos com a nota seis. O quinto ficou com a nota 6.6. São Paulo ficou com nota 8. Eu acredito que com este trabalho que vamos realizar nós alcançaremos bem mais do que isso”, salientou.

O segundo programa é o Goiás Mais Competitivo. “Acabamos de constituir o Conselho Superior deste programa, composto por personagens de Goiás e de outros estados. Já formamos os 40 executivos públicos selecionados entre os servidores do Estado. Desdobramos os 14 indicadores que definem a competitividade do Estado e, agora, vamos trabalhar para melhorar todos eles”. Falou ainda sobre os incentivos fiscais, observando que Goiás tem políticas ousadas de incentivos, indispensáveis para que chegasse aonde chegou. “Goiás não chegou ao patamar de R$ 170 bilhões de PIB de graça”.

O governador citou também a criação do Consórcio Brasil Central, que, segundo ele, está sendo decisivo para a viabilização do fórum que discute a reforma federativa: “O empresário Jorge Gerdau reuniu os mais importantes empresários e gestores públicos em um fórum, com a presença da maioria dos governadores do país, para discutir o pacto federativo. Medidas importantes para a Nação, como a aposentadoria, estabilidade no emprego, dentre outras, estiveram em debate. Esse movimento, realizado na semana passada, em São Paulo, pela primeira vez, reuniu 16 governadores para se discutir uma proposta do pacto federativo para o País”.

Governo na palma da mão

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