O Museu de Arte Contemporânea (MAC), unidade da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce), inaugura hoje (21/9) às 20 horas, a exposição individual Redesenhando a natureza – esculturas e relevos, da artista plástica Bia Doria.  A mostra tem entrada gratuita e fica aberta ao público até 8 de novembro. O MAC funciona no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON).

A exposição de Bia marca a primeira incursão da artista no circuito da arte em Goiás. Com curadoria compartilhada entre a artista e Gilmar Camilo (curador do museu), a mostra ocupa o salão principal e o mezanino do MAC. Haverá também a exibição do documentário Raízes do Brasil, que narra o ativismo ecológico e a produção artística de Bia. Com montagem especial, a mostra conta com uma ampla instalação e foi dividida em quatro módulos de ocupação.

Integram o acervo 50 obras, entre esculturas de grande porte e relevos de parede. Destaca-se a série Bailarinas da Natureza, esculturas feitas a partir de galhos de árvores, que insinuam braços contorcidos, como se fossem bailarinas. Suas esculturas exalam vivacidade. Feitas a partir de árvores recicladas, simbolizam a vida, chamando a atenção para a sustentabilidade e para a formação de uma consciência ambiental.

As peças são identificadas por obras feitas a partir de resíduos de floresta de manejo, árvores nativas resgatadas em queimadas, desmatamentos, fundo de rios, barragens, entre outros. As criações são desenvolvidas dentro do que sua imaginação identifica como formas ideais da natureza, a partir de um demorado e cuidadoso processo de elaboração.

A artista

Bia Doria (Beatriz Bettanin) é natural de Santa Catarina e radicada em São Paulo (SP) desde 1980, onde mantém seu ateliê. A artista é conhecida por utilizar as formas da natureza como inspiração do seu trabalho, e dela retira sua matéria-prima para as obras de arte. Por isso, Bia se autodenomina uma representante da arte contemporânea sustentável. A grande influência de seu legado também vem do escultor polonês radicado no Brasil, Frans Krajcberg.

A artista possui um forte ativismo ambiental, participando de projetos que estimulam o respeito e a preservação do meio ambiente, como fóruns de sustentabilidade e ações de reflorestamento pelo país. Suas obras já foram expostas em São Paulo, e também no exterior, em países como a França, Coréia do Sul, Estados Unidos e Alemanha. É autora dos livros Bia Doria, Editora Decor Books (São Paulo, Brasil/2011) e Raízes do Brasil, Editora Pit Cult (São Paulo, Brasil/ 2014), sendo que este último resultou em um documentário com o mesmo título, lançado em 2014.