IBGE muda cálculo do PIB e economia melhora

No próximo dia 19 de novembro (quinta-feira) o Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás e de todo o Brasil será divulgado, simultaneamente, às 10 horas. Em Goiás o cálculo foi feito pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicas (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cálculo que mede a renda gerada no País ficou diferente a partir deste ano, seguindo padrões internacionais recomendados por órgãos como a Organização das Nações Unidas (ONU), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Banco Mundial. Foram incluídos dados que não existiam, mudou a classificação de alguns itens e algumas despesas passaram a computar como investimentos. A aplicação de recursos em P&D (pesquisas e desenvolvimento) representa em torno de 2% do investimento e 19% do PIB brasileiro, de acordo com o IBGE. Por exemplo, a criação de um novo medicamento, gasto com prospecção mineral, antes era considerado como despesa, agora é somado como investimento, além da compras de máquinas e investimentos na construção civil. Isso deixou a medição mais precisa.

Não é a primeira vez que os institutos de pesquisa mudam os cálculos do PIB. Em 2007, o IBGE também renovou sua metodologia, mas a mudança mais ampla aconteceu em 1997, modificando os parâmetros usados desde a década de 1940 quando o PIB passou a ser medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Melhorias

Com essa nova mudança de cálculo dos PIB nacional, regional e municipal a renda gerada por todas as atividades econômicas em todo País deverá apresentar melhores resultados, conforme já antecipou o IBGE, em março último.  Em Goiás, os cálculos com base na nova metodologia deverão revelar valores superiores aos já divulgados anteriormente.

Alguns segmentos da economia, como serviços – setor que mais pesa no PIB – e agropecuária, ficaram mais detalhados.   No caso da agropecuária, determinados dados que eram agrupados foram separados, como as atividades de floresta e pesca, tornando a mediação mais precisa.

Pela nova metodologia do IBGE/IMB, a mediação da produção, geração e distribuição de energia e água também ficou mais precisa. Com isso, a economia goiana sairá ganhando, pois o cálculo passou a contemplar pequenas hidrelétricas e termelétricas. Outras atividades como construção civil também foram revisadas, passando a incluir custos de insumos e salários dos trabalhadores.

As contas prestadas por pessoas físicas à Receita Federal passam a integrar a conta do Produto Interno Bruto dentro do consumo das famílias.

Atualização

A superintendente do IMB/Segplan, Lillian Maria Silva Prado, lembra que com a nova metodologia de cálculo do PIB os números das séries 2010-2012 também foram revisados, e com isso foram alterados. Ela adianta que, com isso, os números do PIB para Goiás, de 2010 a 2013, poderão revelar valores superiores aos já divulgados anteriormente.

Acrescenta ainda que no dia 18 de dezembro, o IMB em conjunto com o IBGE vai divulgar o Produto Interno Bruto dos Municípios goianos referente ao ano de 2013, já contendo todas as modificações da nova metodologia. Os números do PIB dos anos de 2010 e 2012 também estão sendo revisados.

Lillian Prado reconhece que a conhecida defasagem de dois anos na divulgação dos dados consolidados do PIB, em todo o País, sempre trouxe insatisfações por parte da comunidade acadêmica e imprensa. Ela explica que devido à complexidade de cálculo do indicador não é possível fazer alterações desse cronograma. Lembra que, desde 2012, alguns Estados, como Goiás, estão se adiantando e passaram a calcular o PIB trimestral.  Com isso, o IMB/Segplan está divulgando números mais atualizados sobre o desempenho da economia goiana.

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