Empresas inovadoras goianas poderão contar com recursos de Fundo do BNDES

Empresas inovadoras emergentes do Estado de Goiás, com faturamento anual de até R$ 10 milhões, com boas ideias e bons projetos, são o público alvo do Criatec 2, um fundo de investimento e participação do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) com gerenciamento regionalizado e capital comprometido de R$ 186 milhões.  O programa foi apresentado na quarta-feira (8/7), no Palácio Pedro Ludovico Teixeira (PPLT), pelo gestor da regional Centro-Oeste, Rafael  Moraes, no 1º Painel Fomento a Empreendimentos Inovadores, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Inovação (SED).

O evento contou com a presença do superintendente Executivo de Ciência e Tecnologia da SED, Mauro Faiad; da superintendente de Desenvolvimento Tecnológico, Inovação e Fomento à Tecnologia da Informação, Aline Figlioli; da chefe de Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica, Soraia Paranhos; do superintendente de Micro e Pequenas Empresas, Thiago Falbo; além de representantes da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), do Serviço Nacional da Indústria (Senai), da Universidade Estadual de Goiás (UEG), da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeg), da Associação dos Jovens Empreendedores (AJE) e de demais instituições que integram a Rede Goiana de Inovação (RGI). Incubadoras e empresas incubadas e pesquisadores de várias regiões do estado também participaram do painel.

Integração

A superintendente Aline Figlioli abriu o encontro destacando que, além de apresentar aos empreendedores as diferentes linhas de crédito e os fundos de investimentos, os painéis, que serão mensais, visam, sobretudo, a integração de todos os que compõem o sistema goiano de inovação. “Já avançamos muito, mas esperamos que esses encontros possam fortalecer cada vez mais a inovação em Goiás”, disse. Segundo ela, outros painéis serão realizados com o BNDES, Finep, Sebrae e outros órgãos que fomentam empreendimentos inovadores. “Seguindo orientação do vice-governador e secretário José Eliton, estamos promovendo encontros que visam o apoio amplo às micro e pequenas empresas inovadoras, para que possam gerar empregos de qualidade, renda e, assim, promover o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do estado”, afirmou.

O superintendente Executivo de Ciência e Tecnologia da SED, Mauro Faiad, também falou da inovação como prioridade de governo. De acordo com Faiad, Goiás é o 9º estado no ranking do crescimento econômico. No entanto, mantém a 11ª colocação em renda per capita, o que demonstra que ainda há setores com baixa produtividade. “Não consigo enxergar outra forma de melhorar a produtividade que não seja intensificando a qualificação ou melhorando a base tecnológica das empresas, ou conjugando as duas coisas”, enfatizou.  “O estado realizou o maior programa de qualificação estadual, o Bolsa Futuro, que preparou mais de meio milhão de goianos, e foi o melhor na execução do Pronatec, com a qualificação de 22 mil pessoas. Agora o governo investirá em inovação”, disse ele.

Criatec 2

De acordo com o gestor regional do Criatec 2, Rafael Moraes, ainda não há empresas goianas no fundo de investimento e participação criado em 2013 e que entrou em operação em meados do ano passado. No entanto, há grande potencial para isso. O fundo é destinado a empresas nascentes com projetos nas áreas de agronegócios, nanotecnologia, biotecnologia, tecnologia da informação e novos materiais. “Elas podem ter mais de 20 anos de existência, não tem problema, a referência para o Criatec é a Receita Orçamentária Líquida de zero a R$ 10 milhões no ano anterior à solicitação”, explica.

A meta para o Criatec 2 é contemplar 36 empresas. Inicialmente o ticket será de R$ 2,5 milhões, sendo que algumas farão jus a um novo investimento que pode chegar a R$ 3,5 milhões. Uma empresa que queira pleitear os investimentos do Criatec 2 deve entrar no site do fundo – www.criatec2.com.br , e preencher o formulário específico. A equipe do Criatec 2 irá analisar, primeiro, a empresa, seu potencial; e, depois, o projeto inovador. Além dos investimentos financeiros, o Criatec 2 contempla as empresas beneficiadas com a gestão dos negócios, ou seja, cada empresa passa a ter como sócio o Criatec 2, dividindo inclusive os riscos. O programa Criatec foi lançado em 2006 pelo BNDES tendo como foco o apoio às empresas emergentes voltadas para a inovação.

Governo na palma da mão

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