CGE discute inclusão e diversidade no ambiente de trabalho
Evento “Todo mundo cabe aqui!” reuniu cerca de 250 servidores da administração estadual para refletir sobre o tema, com ajuda de palestrantes da UEG e DPE-GO
O Comitê Permanente para Questões da Mulher e da Diversidade (CPMD) da Controladoria-Geral do Estado de Goiás (CGE-GO) reuniu pouco mais de 250 servidores e colaboradores da gestão goiana nesta sexta-feira, 30, no auditório Mauro Borges do Palácio Pedro Ludovico Teixeira.
O evento “Todo mundo cabe aqui! Reflexões sobre respeito, empatia e diversidade no ambiente de trabalho”, marcou o mês em que se celebra o Dia Internacional contra a LGBTfobia (17 de maio), e teve apoio de outros 16 CPMDs dos órgãos estaduais, da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) e da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
A abertura foi realizada pela banda ‘Encantos’, formada por servidores da Secretaria de Estado da Saúde (SES), e pelo controlador-geral do Estado, Marcos Tadeu de Andrade, que deram o tom do evento: descontraído e aberto ao diálogo e escuta. Os participantes discutiram a importância da valorização das diferenças, respeito mútuo e construção de ambientes mais acolhedores e inclusivos.
“Temos (CGE-GO) uma preocupação grande com a questão da diversidade, porque entendemos que as pessoas devem ser respeitadas como são, ser acolhidas e ter voz. E é importante saber que esse é hoje um ambiente de construção e inclusão, para realmente ‘caber todo mundo’. O governo também tem tido um olhar diferenciado e apoia as mudanças que precisam ser feitas no Estado, como essa” ponderou Marcos Tadeu.
Palestras abordaram legislação e necessidade de conscientização
O evento seguiu com palestra da professora, doutora em Antropologia Social pela UFG e membro do Comitê Goiano de Enfrentamento à LGBTfobia e do Comitê Permanente para Questões da Mulher e Diversidade da UEG, Flávia Melo. Ela destacou o papel do Estado e do serviço público na promoção do respeito à diversidade e garantia de direitos.
“O Estado e seus agentes tem um compromisso Ético de combater todos os tipos de violência e orientar a população, já que são preceitos básicos previstos na Constituição e nas legislações estaduais. São crimes previstos em lei. Não é apenas opinião ou liberdade de expressão”, enfatizou a doutora.
Ela citou, como exemplos contrários à essa obrigação, diversos discursos de ódio, muitas vezes difundidos pelos próprios agentes públicos. “São discursos usados para causar pânico moral e descredibilizar as causas das pessoas LGBTQIA+ e outras minorias, como o kit gay”.
O segundo palestrante foi o defensor público do Estado de Goiás, subcoordenador do Núcleo de Direitos Humanos (NUDH) e coordenador do Grupo de Trabalho pela Igualdade Racial (GTIR), Breno Assis. Tratando do tema sob a ótica do Direito, Breno lembrou que embora a liberdade de expressão esteja prevista na Constituição, o documento também garante que pessoas violentadas pela prática desse direito de se expressar sejam protegidas.
“A gente pode se expressar, mas tem que ter respeito, sabendo que quando se discrimina ou diminui uma pessoa, está cometendo um crime e será punido. A legislação de forma específica cria proteções e essa é uma resposta que o Estado acaba dando às vítimas”, destacou o defensor.
Breno lembrou que essas garantias jurídicas são recentes, a partir dos anos 90. Mas que o Estado evoluiu na percepção dos crimes, na necessidade de uma assistência maior às vítimas e identificação dos que praticam essas condutas. “Tudo isso é necessário para que a violência cesse e a gente consiga que a sociedade seja efetivamente justa e igualitária. Como o tema de vocês expressou bem, “todo mundo cabe aqui” e todo mundo cabe na sociedade. E as instituições e os órgãos do estado devem garantir isso”, completou.
CPMD – Instituído em 2019, o Comitê Permanente para Questões da Mulher e da Diversidade (CPMD) foi criado em cumprimento ao Decreto nº 9.251/2018, com objetivo de estabelecer, desenvoler e implementar ações em prol da valorização da mulher e diversidade na CGE. Atualmente, o comitê é presidido pela auditora-chefe interna de Segurança Pública, Cíntia Villac.
Comunicação Setorial CGE – Governo de Goiás








