Déficit habitacional em Goiás: Uma análise do CadÚnico.

Estudo publicado pelo Instituto Mauro Borges, de autoria dos Pesquisadores Alex Felipe Rodrigues Lima e Paulo Jackson Bezerra Vianna, analisou a situação do déficit habitacional para os municípios goianos, a partir das informações do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O objetivo do trabalho foi mensurar um indicador relacionado ao déficit habitacional nos municípios goianos em 2017. O déficit habitacional está contido no conjunto dos problemas sociais existentes e que tem passado por intervenções em políticas públicas.

O trabalho foi inspirado na metodologia proposta pelo Instituto Jones dos Santos Neves do Espírito Santo, mas contou com uma contribuição dos pesquisadores do IMB relacionada ao refinamento do método quanto à atualização cadastral. A motivação para realização do trabalho foi a possibilidade de obter um instrumento auxiliar no direcionamento das políticas públicas habitacionais no estado, além da possibilidade de mensurar déficit de moradias para anos entre censos.

Déficit

A partir das informações coletadas e analisadas no trabalho, os resultados mostraram que existem cerca de 159 mil famílias, em situação de déficit habitacional em Goiás, correspondendo a 450 mil pessoas, aproximadamente. Esse número de pessoas representa 6,65% da população do estado de Goiás.

Entre os componentes do déficit habitacional, o ônus excessivo com aluguel urbano é o principal fator, correspondendo a 71,33% das famílias em situação de déficit habitacional, em seguida aparece a habitação precária com 26,83% do total de famílias em déficit. 

O trabalho permite uma visualização gráfica e espacial do déficit habitacional pelos municípios goianos tanto em números absolutos quanto relativo à população. No que pesa ao número de famílias, o estudo aponta que os municípios com maior déficit estão fortemente correlacionados aos municípios mais populosos. Contudo, pela ótica do número de pessoas em situação de déficit relativo à população dos municípios, nota-se que a dinâmica muda, apresentando uma espacialização mais heterogênea, porém com leve destaque para a parte norte do estado.  

O trabalho faz ainda um panorama do perfil das pessoas inscritas no CadÚnico e em situação de déficit habitacional. E dentre esse grupo vulnerável, as crianças e adolescentes têm a maior participação.

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