Inflação de Goiânia recua em março

Embora ainda tenha registrado índice positivo, a inflação de Goiânia, referente ao mês de março último, teve variação de 0,37%, e ficou abaixo da taxa de fevereiro (1,23%). Esse é o menor resultado desde junho do ano passado e para março é o menor desde 2012. Contudo, no acumulado no primeiro trimestre desde ano já chega a 3,38% e em 12 meses em 11,33%, conforme estatística divulgada pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

Os itens que contribuíram para a desaceleração da inflação de Goiânia, no mês passado, foram as diminuições da tarifa de energia elétrica (-8,38%) e do preço do gás de cozinha (-1,49%), do grupo habitação. E também a variação negativa (-0,75%) do grupo de despesas pessoais, com o recuo dos preços de corte de cabelo feminino (-3,93%), manicure e pedicure (-4,29%), além de brinquedos (-2,09%).

Em contrapartida, o IPC de Goiânia, de março, foi pressionado pelos reajustes de preços que ocorrem nos itens dos grupos de alimentação e de transportes. Os destaques foram os aumentos das tarifas de passagem de ônibus urbano (2,21% – ainda resíduo dos 12,10% autorizados em fevereiro) e gasolina comum (2,59%), etanol (3,13%) e óleo diesel (0,65%).

No grupo alimentação pesaram os reajustes do leite longa vida (5,04%), banana prata (17,91%), tomate (10,71%) e batata inglesa (8,39%). Além do feijão preto (4,81%), café moído (1,17%), ovos grandes (3,57%), macarrão (2,12%), apresuntado (3,05%), laranja pera (2,56%) e outros. Na alimentação fora do domicílio ficaram mais caros o almoço a peso (0,92%), o suco de laranja (2,36%), o refrigerante 290 ml (1,56%) e o salgado (0,54%).

O gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do IMB/Segplan, economista Marcelo Eurico de Sousa, estima que a inflação de abril, e dos próximos meses, tende a ficar mais estável, embora com índice positivo. Ele lembra que, a partir de agora, com a menor incidência de chuvas crescerá a oferta de hortifruti, embora deverão cair as de leite e de carne bovina, pressionando os preços. Mas Marcelo ressalta que os preços dos produtos e de serviços estão muito elevados e que, portanto, não cabem mais aumentos porque a demanda está reprimida devido a queda do poder de compra do consumidor.

Educação

O retorno do período escolar, no mês passado, impactou positivamente nos preços dos artigos de papelaria (9,88%) e do uniforme escolar (5,85%), fazendo com que o grupo educação tivesse variação de 1,82%, na comparação com fevereiro.

No grupo vestuário (1,54%), os técnicos do IMB/Segplan registraram aumentos de preços da calça masculina (4,01%), camiseta/blusa infantil (5,74%), conjunto infantil (2,39%), blusa feminina (1,47%); sandália infantil (12,44%), sapato masculino (2,44%), tênis infantil (2,78%) e óculos sem grau (14,99%).

Também foram constatados reajustes de preços dos serviços de exames de laboratório (2,68%) e produtos de higiene pessoal (1,69%) com os itens: perfume (3,27%), sabonete (2,11%), lâmina de barbear (1,55%), xampu (2,54%) e papel higiênico (2,17%), dentro do grupo de saúde e cuidados pessoais.

No grupo artigos residenciais ficaram mais caros os itens de conjunto de estofado (8,11%), armário para copa e cozinha (4,70%), cama de solteiro (7,19%), televisor (4,99%), conjunto de som (2,23%), liquidificador (3,21%), jogo de cama de solteiro (7,14%) e lençol de casal (3,89%). Já no grupo comunicação, houve registro de pequeno reajuste no preço dos serviços de telefonia celular pós-pago (0,83%).

Cesta básica

Em março, o custo da cesta básica para uma pessoa que tem como renda apenas o salário mínimo mensal (R$ 880,00) subiu 0,40%, na comparação com fevereiro, e no trimestre atingiu a 6,50%, chegando a custar R$ 340,05, de acordo com o IMB/Segplan.

Dos 12 itens que compõem a cesta básica do goianiense apenas o pão francês ficou estável. Tiveram recuo de preços a carne (-1,62%), o arroz (-0,43%), o açúcar (-0,80%), o óleo de soja (-1,70%) e as frutas (-1,66%). Registram alta o leite (5,04%), feijão (2,59%), farinha/massas (0,97%), legumes/tubérculos (1,89%), café (1,17%) e a margarina (2,00%).

Governo na palma da mão

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