O Carnaval é uma das festas mais esperadas do ano, quando as pessoas querem se divertir ao máximo. Os festejos, que incluem fantasia e muita alegria, devem, segundo especialistas do Hospital de Doenças Tropicais Anuar Auad (HDT), em Goiânia – referência no tratamento de doenças infecciosas – abranger a prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis (DST).

Excessos de todo tipo e falta de prevenção constituem riscos sérios à saúde, alertam. “Temos o costume de achar que essas coisas não acontecem com a gente, ou que DSTs são relacionadas a grupos de risco. Atualmente não existem mais grupos propensos a se infectar. Essa ideia é considerada ultrapassada. Existe sim o comportamento de risco, onde as pessoas se expõem às mais variadas doenças por meio de relações sexuais sem o uso de preservativo masculino ou feminino, compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas, tatuagens sem os devidos cuidados”, explica a diretora técnica do HDT/HAA, a médica infectologista Letícia Aires.

Outro alerta é sobre o hábito do beijo na boca, visto por muitos como algo inofensivo, traz o perigo da transmissão de várias doenças. Uma dessas doenças, a mononucleose infecciosa, recebeu como nome popular Doença do Beijo. A mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e, depois de um período de incubação de 30 a 45 dias, a pessoa pode apresentar doença febril, de sete a 30 dias de duração.