9º Seminário de Ouvidorias de Goiás coloca segmento como estratégico para eficiência da gestão pública  

Evento reuniu centenas de ouvidores e focou a saúde mental e a necessidade de suporte para a atividade, que aproxima a gestão do cidadão e dialoga diretamente com ele  

O 9º Seminário Goiano de Ouvidorias Públicas, realizado pela Rede Goiana de Ouvidorias do Poder Executivo Estadual, reuniu, nesta quarta-feira (22/10), no auditório do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-GO), centenas de ouvidores das pastas do governo, do Legislativo, Judiciário, e de municípios goianos. A Rede de Ouvidorias é coordenada pela Controladoria-Geral do Estado (CGE). 

A edição deste ano teve como foco principal a saúde mental dos servidores que atuam na área, além do tradicional compartilhamento de boas práticas e aprimoramento da gestão utilizadas pelas unidades participantes. A Rede de Ouvidorias também estimulou a adesão de novos parceiros e incentivou as prefeituras goianas a criarem e estruturarem suas ouvidorias.  

“São nove edições (do Seminário) que demonstram a constância e seriedade do trabalho que a rede vem realizando em Goiás. Sem as ouvidorias, fatalmente não teríamos a dimensão do quanto estamos atingindo a sociedade, do nível de transparência que ainda precisamos alcançar, nem acesso a dados de satisfação da população”, defendeu o secretário-chefe da CGE, Marcos Tadeu de Andrade, ao abrir o evento. 

Para o secretário executivo da Rede, Danilo Carvalho, a atuação articulada e estratégica das ouvidorias é uma importante ferramenta para as gestões. “A Ouvidoria faz a interlocução entre a população e a gestão. Mas poucos percebem essa comunicação com o cidadão como instrumento para uma administração mais eficiente, que planeja ações e novas políticas públicas a partir de dados colhidos dessas manifestações”, considerou Danilo. 

A abertura do seminário contou com as presenças dos ouvidores Sandra Teodoro (TJ-GO); Daniel Viana (TRT); Angel Jorge Pinto (Alego), Paula Roberta (TCM); do coordenador-geral da Rede de Ouvidorias, o subcontrolador de Governo Aberto e Ouvidoria-Geral da CGE, Weyk Wagne Barbosa Gomes; e da ex-ouvidora do MP-GO, Orlandina Brito, que foi homenageada durante o evento. 

Orlandina, que está prestes a se aposentar, foi uma das idealizadoras da Rede Goiana de Ouvidorias. Ela recebeu o reconhecimento pela contribuição dada ao segmento no Estado de Goiás. “Considero, dentre todas as atribuições que tive no Ministério Público, a que mais gostei (Ouvidora). É desafiador e, ao mesmo tempo, uma inspiração trabalhar diretamente com a população”, decretou a veterana.  

Iniciando a programação técnica, a gerente de Ouvidoria da CGE,  Haleária Alencar, apresentou uma enquete sobre o papel de ouvidor, que foi respondida rapidamente pelos participantes e subsidiaria, em seguida, as falas das painelistas em seguida. A gerente também relatou sua experiência como ouvidora. “Comecei minha atuação na Ouvidoria como um castigo, que se revelou depois minha vocação”, relatou a ouvidora, que reforçou o papel de mediação das Ouvidorias. 

“Ser ouvidor pode, na medida que o trabalho é bem feito, reafirmar a confiança do cidadão no Estado e o compromisso da administração com as políticas públicas que serão destinadas a ele”, observou. 

Mudança de paradigmas  

Abordando o tema “Resiliência e Propósito: o efeito de ambientes desafiadores na autoestima do ouvidor”, a ouvidora-geral da União/ Controladoria-Geral da União (CGU), Valdirene Paes de Medeiros, iniciou as palestras, que tiveram como foco a saúde mental e autoestima do ouvidor. “Muitas vezes, somos vistos pelos gestores como um departamento que leva problemas para o órgão. Com reclamações, pedidos de LAI. E isso também atinge nosso emocional porque reflete muitas vezes a falta de reconhecimento”, observou.  

Em seguida, Valdirene ouviu os presentes sobre como lidar com essas questões e começar a mudar paradigmas. “Mostrar, pela qualidade do nosso trabalho, de forma estratégica e eficiente, que a Ouvidoria é muito maior e capaz de direcionar informações estratégicas para a nossa secretaria é um caminho. Temos o poder de impactar a gestão pública. Mas precisamos saber atuar para isso”, completou. 

Dando continuidade ao tema, a psicóloga clínica e mestre pela UFG, Kamyla Aparecida Gomes Machado, ministrou a palestra “Inteligência emocional na ouvidoria: cuidar de si para cuidar do outro”. Kamyla reforçou a necessidade de se colocar em primeiro plano, antes de priorizar o trabalho que lida diretamente com os anseios e expectativas da população. “Cuidar primeiramente de si possibilita cuidar bem do outro”. 

A mediação para a participação do público ficou a cargo do superintendente da Controladoria Especializada em Participação Cidadã, Ednilson Rodrigues. O subcontrolador Weyk Wagne encerrou, agradecendo a participação de todos.  

Comunicação Setorial CGE – Governo de Goiás  

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