Policiais goianos são treinados por agentes do FBI

 

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Parceria entre Governo de Goiás, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Embaixada Americana e FBI proporcionou curso de aperfeiçoamento a integrantes de diferentes instituições de segurança pública do país. Técnicas visam melhorar a prática investigativa a partir de princípios dos direitos humanos

O secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Ricardo Balestreri, participou, nesta sexta-feira (21/07), em Goiânia, do encerramento do curso ‘Entrevista e Interrogatório’, que apresentou e discutiu técnicas que visam melhorar a prática investigativa, seguindo os princípios dos direitos humanos, e dentro dos limites da moralidade, legalidade e ética.

O treinamento é fruto de parceria entre o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Embaixada Americana e Federal Bureau Investigation (FBI), unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Durante uma semana, 45 componentes dos quadros das polícias Civil e Militar de Goiás e Polícia Federal, participaram desta que é a 12ª edição nacional. O curso foi ministrado pelos agentes Sean Andersen, Joseph Stone, Curtis Smith, do FBI.

Balestreri ressaltou a importância do conhecimento comparado em termos de segurança e a troca de experiências com outros países. Para ele, ao compartilhar sua vivência, os instrutores do FBI proporcionaram a convivência com boas práticas de interrogatório e obtenção de informações. “Quanto mais troca de dados tivermos com outros países, melhores serão nossas condutas diante dos suspeitos”, disse.

Ele afirmou, ainda que a polícia brasileira é uma instituição que trabalha com diversas dificuldades, e, no momento do interrogatório é onde se costuma ocorrer muita violação de direitos, resultando em desastres que muitas vezes chegam a anular todo o processo. “Estamos muito gratos pela parceria, pois solidariedade internacional é algo que não tem preço”, destacou.

Segundo o adido adjunto do FBI no Brasil, David Willian, além de melhorar o relacionamento das polícias norte-americana e brasileira, a maior importância do curso é oferecer maior integração e troca de informações entre as forças policiais no combate ao crime.

Para ilustrar a importância do compartilhamento de informações, Willian citou os atentados de 11 de setembro, onde os serviços de inteligência norte-americana foram falhas. “Agentes chegaram a ignorar pistas importantes sobre extremistas que se movimentavam em solo norte-americano, mesmo com o conhecimento por parte dos dois maiores órgãos de informação”, disse. As aulas foram realizadas na Escola Superior da Polícia Civil, em Goiânia.

FOTOS: JOTA EURÍPEDES

 

 

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