Indícios apontam que grupo aplicava golpe em empresas. Além de Goiás, criminosos também agiram no Rio de Janeiro. Suspeitos irão responder agora por estelionato

A Polícia Civil de Goiás prendeu três pessoas, em Goiânia, suspeitas de aplicar golpes contra empresas de Goiás e do Rio de Janeiro. Indícios apontam que o trio faz parte de uma associação criminosa, que efetua compras virtuais utilizando cartões de crédito clonados, além de realizar transferências fraudulentas de valores, por meio do PIX. Provas materiais levam a crer que o grupo já teria causado prejuízos que podem chegar a R$ 1 milhão.

De acordo com o delegado Jacó Machado das Chagas, do 5º Distrito Policial da capital, a apuração teve início ainda em fevereiro deste ano, após uma empresa denunciar ter sido vítima do grupo criminoso. O golpe aplicado gerou grande prejuízo. “Neste caso específico, fizeram duas compras com o mesmo cartão que totalizaram o montante de R$ 90 mil em produtos diretos”, afirmou. O dinheiro, segundo o delegado, foi usado para comprar diversos móveis.

Após o crime, a Polícia conseguiu identificar três integrantes da associação criminosa, duas mulheres e um homem. Por meio da investigação, os policiais descobriram ainda que os suspeitos tinham uma empresa fantasma, que auxiliava nas transações fraudulentas. “Era uma empresa com o capital social grande, para permitir essas transações, que chegavam a R$ 200 mil”, pontuou Jacó Chagas.

O delegado acredita que os valores provenientes dos golpes podem ser ainda maiores do que os que foram identificados. “Pode chegar a até mais de R$ 1 milhão, porque envolve veículos, transações com compra e venda de veículos, em que eles usavam o Pix para aplicar os golpes”, disse. Entre as vítimas, estavam até mesmo pessoas e empresas de outros estados. “A de um cartão clonado é do Rio de Janeiro, mas podem ter pessoas de outros estados e daqui também”, ressaltou.

Durante a ação, foram apreendidos os móveis adquiridos pelo grupo criminoso, com o dinheiro dos golpes. Os três indivíduos presos deverão responder pelo crime de estelionato. A Polícia Civil trabalha agora para identificar outras pessoas que possam estar envolvidas nas fraudes. “Tem mais gente envolvida. Já identificamos o envolvimento de pelo menos outras cinco pessoas”, concluiu o delegado.

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