Polícia Civil prende mulher suspeita de participação em golpe aplicado nas redes sociais
Uma das vítimas do crime teve um prejuízo de R$ 4,9 mil. Previsão é de que novas prisões sejam realizadas
Uma mulher, de 22 anos, foi presa pela Polícia Civil de Goiás no Parque Amazônia, em Goiânia, suspeita de participação no chamado “Golpe do Novo Número”. A prisão foi realizada na última quinta-feira (29/10), após troca de informações entre o Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC) e a Polícia Civil do Amazonas.
Por meio do golpe, os suspeitos induziam as vítimas a acreditar que estavam conversando com algum familiar, que trocou o número do telefone. Em seguida pediam dinheiro emprestado. De acordo com o delegado Cássio Arantes, a detida era titular de uma conta bancária que recebeu R$ 4,9 mil, proveniente do crime. Na ocasião, os suspeitos entraram em contato com um idoso, se passando pela filha dele. “Pediram o pagamento de um boleto sob o argumento de que a conta dela estava bloqueada. Esse idoso, acreditando que estava de fato falando com sua filha, realizou o pagamento, vinculado a uma conta bancária aqui do estado de Goiás, com titularidade dessa moça”, afirmou.
Durante interrogatório, a mulher informou aos policiais que um indivíduo preso seria o responsável pela coordenação dos golpes. “Ele que tem a função de solicitar outras contas bancárias. Ou seja, não foi só uma vez, ela tem envolvimento em outros golpes da mesma natureza. Então ela é beneficiada nesses valores, depois faz o repasse pra ele, retirando o percentual que seria o lucro dela, de 30%, do que for arrecadado com o golpe”, destacou.
Ainda segundo o delegado, para a prática dos crimes, os suspeitos contavam com a ajuda de hackers, que conseguiam na internet os dados das vítimas e vendiam para os golpistas. “Esse banco de dados, na verdade, ele não é coletado pelo próprio aplicador do golpe. Pelo que identificamos, existe um hacker que captura esses dados e passa a vender, seja na internet profunda ou nas redes sociais. São vínculos familiares, vínculos profissionais, aí fica fácil”, pontuou.
Apenas no mês de outubro, 15 pessoas, envolvidas na aplicação dos golpes, foram presas durante duas grandes operações da especializada. A previsão é de que novas prisões sejam realizadas no decorrer das investigações. O delegado fez ainda um alerta, para que as pessoas evitem ser vítimas dos suspeitos. “Entre em contato com a pessoa no número de telefone que você tem. Temos observando que as vítimas que caíram nesse golpe simplesmente recebem uma mensagem de texto e já acreditam que está se tratando daquela pessoa que ela conhece, apesar do número estranho. Então não acredite nisso no primeiro momento”, concluiu.
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