Polícia Civil prende em Goiânia dupla suspeita de aplicar ‘golpe do novo número’
Crime foi praticado contra idosa de Minas Gerais. Vítima chegou a transferir R$ 8 mil para os suspeitos.
A Polícia Civil de Goiás realizou a prisão em flagrante de duas pessoas, suspeitas de participação no chamado “Golpe do Novo Número”. O crime teria sido praticado contra uma idosa, de 62 anos, moradora de Tabuleiro, em Minas Gerais. Os indivíduos teriam se passado pela filha da vítima para pedir dinheiro. Os dois indivíduos foram localizados e detidos na última terça-feira (2/03), em Aparecida de Goiânia, durante a Operação Incessante.
Segundo apuração do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC), a idosa, acreditando se tratar da filha, chegou a realizar duas transferências bancárias, no valor total de R$ 8 mil. “Em um terceiro pedido, desta vez de R$ 2.000,00, desconfiada, a vítima entrou em contato com a filha, a qual informou que não havia pedido nenhum valor, quando então percebeu que havia caído em um golpe”, informou o delegado Cássio Arantes.
A idosa conseguiu recuperar parte do valor subtraído durante a fraude, depois que a agência bancária desconfiou e bloqueou uma das transações. “Nesse caso específico, R$ 3.000,00 dos R$ 8.000,00 depositados foram bloqueados pelo banco e felizmente a vítima não teve esse prejuízo. Os outros R$ 5.000,00 infelizmente ela acabou perdendo”, afirmou.
Durante a investigação, os policiais identificaram os dois suspeitos, de 19 e 23 anos. Um deles teria emprestado a conta bancária para o recebimento dos valores e o outro seria o responsável pelo agenciamento da conta e aplicação do golpe. Depois de presos, eles foram levados à Delegacia de Capturas (Decap). Os dois passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão convertida em preventiva. Outros quatro indivíduos, suspeitos de participação no crime, já foram identificados.
De acordo com o delegado, o ‘golpe do novo número’ é geralmente aplicado em aplicativos de mensagens. “A vítima é induzida a acreditar que está falando com algum familiar, até que esse indivíduo pede dinheiro emprestado, informando que sua conta está bloqueada e precisa fazer pagamentos naquele dia. A vítima, acreditando que está falando de fato com aquele parente, faz a transferência”, disse.
Para isso, os suspeitos usam fotos dos familiares e conseguem os dados dos mesmos, na internet. “Eles conseguem bancos de dados de relacionamento dessa pessoa. Então quando entram em contato, eles já sabem que aquela vítima tem um filho, primo ou colega de trabalho. Eles conseguem isso de maneira ilícita, através de hackers que capturam esses dados e passam a vender isso na internet”, pontuou.
Ainda segundo o delegado Cássio Arantes, a medida adequada nesses casos é tentar entrar em contato com o familiar, por meio do número já salvo, e confirmar a veracidade das informações. “O segredo é a conversa de áudio e não fazer nenhuma transferência apenas se baseando nas mensagens de texto enviadas”, completou.
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