Polícia Civil de Goiás prende suspeitos de aplicar golpes em agências lotéricas

Em um dos crimes, contra uma lotérica da Bahia, o prejuízo foi superior a R$ 63.000,00

A Polícia Civil prendeu, em Goiânia, três pessoas suspeitas de envolvimento em golpes praticados contra agências lotéricas de Goiás e da Bahia. Em um dos crimes, contra um estabelecimento do estado da região Nordeste, o prejuízo foi superior a R$ 63.000,00. A prisão foi realizada pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC).

A associação criminosa, que havia praticado os golpes em Goiás, já vinha sendo investigada pela polícia goiana e após a troca de informações com a Polícia Civil da Bahia, as equipes identificaram a participação de alguns dos integrantes do grupo. As investigações mostraram que o golpe tem se tornado cada vez mais comum, em diversos estados brasileiros. De acordo com o delegado Cássio Arantes, o crime começava com um dos indivíduos se passando por dono ou gerente de uma casa lotérica.

“Essa pessoa encaminha uma mensagem de aplicativo de celular informando que um técnico de TI da Caixa Econômica Federal vai entrar em contato para atualizar o sistema daquela lotérica. Na sequencia, o atendente recebe uma ligação, desse suposto técnico de TI, que pede alguns dados básicos, inclusive o número de IP daquela máquina usada, diz que já realizou a atualização do sistema e aí vem o golpe”, explicou.

Com as informações da lotérica, os suspeitos enganavam o funcionário, pedindo para que simulasse a realização de depósitos, transferências e pagamento de boletos, que na verdade iam para a conta de laranjas. “Ele pede para que aquele atendente faça diversas transações para contas bancárias que ele indica, dizendo ser uma simulação para saber se a atualização deu certo. Depois disso pede para desligar o equipamento, dizendo que vai retornar em 15 minutos. Na verdade todos os depósitos são verdadeiros, esse prazo é o tempo que ele utiliza para realizar saques dos valores ou pulverizar o dinheiro em outras contas”, pontuou.

Segundo o delegado, depois que os suspeitos faziam o recolhimento dos valores, as vítimas ficavam impossibilitadas de reaver o dinheiro. Para a prática criminosa, o grupo aplicava outro golpe, do novo número. “Em regra são agências do interior dos estados, com informações mais simples. Ele tinha o nome do gerente ou dono da casa lotérica, se passava por ele com aquele outro golpe do novo número, habilitando um chip, colocando a foto na caixa de entrada dessa pessoa e mandando mensagem com essas informações. Essa engenharia que realmente enganava o agente da Caixa naquele momento”, destacou.

Dentre os três suspeitos detidos pela Polícia Civil, um era agenciador de contas bancárias e os outros dois atuavam como laranjas, emprestando as contas para recebimentos dos valores proveniente do crime. Os indivíduos tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva e foram recolhidos na Casa de Prisão Provisória. Outros 13 suspeitos de participação nos golpes já foram identificados pela polícia. A previsão é de que as investigações sejam encerradas nos próximos dias. Para o delegado Cássio Arantes, a atitudes simples de ligar para a pessoa, continua sendo a mais indicada para evitar cair nesse tipo de golpe.

“A gente tem observado que na maioria dos golpes e nesse, apesar de envolver uma pessoa jurídica, o golpista engana as pessoas por mensagens de aplicativo. Então a forma de se evitar é entrar em contato por telefone com o número que você tem do verdadeiro dono. Obviamente você conhece a voz daquela pessoa e sabe se é ela que está falando ou não. Não faça transações por mensagem, sem ter certeza se é ela que está falando”, orientou o delegado.

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