Polícia Científica de Goiás é premiada nacionalmente por trabalho com Banco de Perfis Genéticos
Estado é a unidade da federação com maior número de coincidências entre vestígios de diferentes locais de crimes. É também o segundo que mais cresceu proporcionalmente com o cadastro de novos perfis em 2020. Dados fazem parte de relatório divulgado pela Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ao todo, 232 investigações criminais foram auxiliadas em Goiás, por meio do banco de DNA.
O trabalho realizado em Goiás pela Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), com bancos de perfis genéticos, foi destaque nacional em 2020. É o que aponta o relatório semestral da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), divulgado na última semana. Segundo o documento, Goiás foi a unidade da federação com maior número de coincidências entre vestígios de diferentes locais de crimes.
“Os vestígios coletados por Peritos Criminais em cenas de crime e por médicos-legistas em vítimas de crimes sexuais têm seu DNA extraído e o perfil genético é inserido no Banco. São coletadas também amostras de condenados pelos crimes previstos na Lei 12.654/12 [que são considerados hediondos] e os perfis genéticos são também inseridos no Banco. O Banco faz o cruzamento dos perfis de vestígios entre si e entre vestígios e condenados, possibilitando a ocorrência de matches, que são as coincidências genéticas, que auxiliam a investigação na autoria de crimes e na descoberta de crimes em série” explica a administradora do Banco de Perfis Genéticos da SPTC perita Mariana Flavia da Mota.
O número de vestígios representa 16% do total de perfis genéticos cadastrados pela SPTC de Goiás, que hoje já conta com 7.102 registros. Os números também foram destaque no relatório da RIBPG, proporcionando ao estado a 3ª colocação entre as unidades com maior contribuição absoluta de perfis genéticos, no banco de DNA. Considerando os fatores populacionais de cada estado, Goiás se manteve na 3ª posição, com 99,28 perfis a cada 100 mil habitantes.
A contribuição da Polícia Científica goiana para o Banco de DNA também colocou o Estado como 2º colocado, entre os que mais cresceram relativamente. De 28 de maio de 2020 a 28 de novembro deste ano, foram 1.571 novos perfis cadastrados, um aumento médio de 28%. “O crescimento registrado em Goiás ocorreu mesmo em meio a pandemia da Covid-19, que impactou as coletas nos presídios e alterou os cronogramas de trabalho da RIBPG. O aumento na quantidade de perfis inseridos no banco genético em Goiás é resultado do empenho da equipe de servidores do nosso laboratório de DNA, somado ao apoio dado pela gestão”, detalha o superintendente da Polícia Técnico-Científica Marcos Egberto.
O secretário de Segurança Pública Rodney Miranda garante a dedicação das forças policiais para elucidação de crimes. “Nossa determinação é que todos os esforços sejam empreendidos para proteger o povo goiano. Nossas policiais estão prontas para acolher as vítimas e deter os criminosos que insistirem em cometer atos de violência no estado”, acrescenta o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda. De acordo com o governador, a atual gestão do Governo de Goiás não aceitará que a impunidade favoreça a violência. “Vamos utilizar tudo aquilo que for necessário em termos de tecnologia ou ações policiais para proteger os cidadãos que vivem em Goiás.”, garante Ronaldo Caiado.
Investigações auxiliadas
Ao todo, o Banco de Perfis Genéticos já auxiliou na resolução de 232 investigações em Goiás, incluindo a resolução de crimes sexuais, contra a vida, contra o patrimônio e outros. Um dos casos de destaque foi referente à Operação Predador. Em setembro deste ano, um homem foi preso pela Polícia Civil, em Senador Canedo, suspeito de ter estuprado pelo menos seis mulheres. A autoria dos crimes foi comprovada por meio de exames de DNA, realizados pelo Laboratório de Biologia e DNA Forense (LBDF) da Polícia Técnico-Científica. O trabalho da SPTC com a coleta de material genético em Goiás também auxiliou na prisão de um homem, em setembro de 2019, apontado como o maior estuprador em série do país, com 47 ataques sexuais.
Premiações
Em resposta ao trabalho desempenhado em Goiás, a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) do estado foi uma das seis unidades no país a receber prêmios concedidos pela Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O núcleo obteve a segunda classificação em duas categorias da premiação: vestígios (valores absolutos) e vestígios (valores relativos). Além disso, ficou em 3º lugar na identificação de pessoas desaparecidas.
Estuprador em série
O estado de Goiás, junto a outras unidades da federação, também já obteve reconhecimento internacional na DNA Hit of the Year. A premiação, criada em 2017, reconhece o potencial dos bancos de perfis genéticos na resolução e prevenção de crimes. A honraria também é destinada a certificar a dedicação e o trabalho árduo de peritos criminais em Genética Forense e de investigadores criminais, que usam bancos de perfis genéticos para levar justiça às vítimas de crime.
Na edição de 2019, o uso dos bancos de perfis genéticos na elucidação do caso de um estuprador em série, que fez mais de mais de 50 vítimas nos estados de Goiás, Amazonas, Mato Grosso e Rondônia, ficou em 3° lugar, após concorrer com 70 casos de 20 países. Neste ano, seis trabalhos da RIBPG foram inscritos no DNA Hit of the Year. Na primeira etapa da premiação, três foram selecionados entre os 17 mais impactantes do mundo, incluindo casos de estupros em série, elucidados em Goiás e São Paulo.
Comunicação Setorial – Secretaria de Segurança Pública