PC indicia homem suspeito de matar a esposa com tiro nas costas, em Goiânia
Crime aconteceu no início deste mês. Investigado está preso e irá responder também pelos agravantes de motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima
A Polícia Civil de Goiás concluiu as investigações sobre a morte de Caroline Conceição do Nascimento, no dia 1º de janeiro deste ano, no Residencial Aruanã lll, em Goiânia. Segundo o inquérito policial, a vítima foi assassinada com um tiro nas costas, disparado pelo companheiro, de 40 anos. Ao final da apuração, a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) indiciou o homem por feminicídio, além de outras duas qualificadoras por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
De acordo com o delegado Rilmo Braga, titular da especializada, no dia do crime o casal teria discutido, em razão da agressividade do suspeito contra o filho de Caroline, de apenas seis anos. Na ocasião, o investigado chegou a apontar uma arma de fogo contra o enteado. “Ele iniciou uma série de ameaças contra essa criança, porque supostamente ela teria escondido o seu aparelho celular. No exato momento em que ele saca essa arma, a mãe obviamente tentou proteger o filho”, informou.
A investigação mostrou que, durante o desentendimento, Caroline chegou a tomar a arma e atirou contra o companheiro, na região do tórax. Em seguida, a vítima tentou correr com o filho, mas como o portão da residência estava trancado e a chave com o suspeito, ela jogou a criança por cima do muro, para que se abrigasse em um imóvel vizinho. “Nesse momento o indivíduo acabou pegando essa arma e efetuando disparos pelas costas, fazendo com que ela viesse a óbito, em razão desses ferimentos”, disse.
O suspeito foi alvo de diversas diligências das Polícias Civil e Militar e acabou sendo preso em flagrante. Ele chegou a ficar internado por alguns dias em uma unidade de saúde, por conta do ferimento de bala sofrido. O homem passou por audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva. Em depoimento, ele alegou que teria matado a companheira em legítima defesa. O argumento, contudo, foi descartado durante a investigação.
“Ele alega uma legítima defesa recíproca, que teria tentado se defender, o que não merece prosperar de forma alguma. Ficou totalmente descartado no bojo do inquérito policial, através de laudos periciais e provas testemunhais, que ele sofrera uma agressão justa, ou seja, a jovem falecida estava tentando salvar a própria vida e do filho”, ressaltou o delegado. O investigado foi encaminhado ao presídio de Goianápolis, na Região Metropolitana de Goiânia, onde deverá permanecer até o final do processo. Já a criança não ficou ferida e foi levada após o crime para Macapá (AP), onde moram os avós.
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