Mês da Mulher: Polícia Civil realiza Operação Mais Respeito com foco na repressão a crimes de violência
Durante a última semana, mutirões de atendimento e serviços nas Delegacias da Mulher resultaram em mais de 400 fiscalizações de cumprimento de medidas protetivas de urgência
Durante esta segunda-feira (9/3), a Polícia Civil de Goiás (PCGO) apresentou os resultados da Operação Mais Respeito, em comemoração ao mês e Dia Internacional da Mulher. As ações, que ocorreram durante a semana passada visou não apenas a repressão aos crimes de violência doméstica, mas também a prevenção, e foi desencadeada em todo o Estado, mobilizando 140 policiais civis e 48 viaturas.
Segundo dados apresentados, durante a Operação que realizou mutirões de atendimento e serviços nas Delegacias da Mulher, houve 423 fiscalizações de cumprimento de medidas protetivas de urgência, 2.377 intimações, 2.436 oitivas realizadas, 33 pessoas presas, entre mandados de prisão cumpridos e prisões em flagrante e 1.001 inquéritos policias concluídos. Além disso, também foram realizadas 22 palestras em escolas.
Respondendo à imprensa, a Delegada Paula Meotti, titular da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Goiânia (Deam) informou que a Polícia de Goiás, hoje, tem a preocupação de aumentar o número de solicitações de medidas protetivas de urgência, mas também priorizar quando a vítima chega na delegacia pra registrar a ocorrência. “Nestes casos, as medidas protetivas são imediatamente oferecidas à mulher e, somente caso ela não queira, colocamos isso na ocorrência de maneira expressa”, explica.
“Percebemos que essa solicitação de medida protetiva diminuí, proporcionalmente, o número de feminicídio. Por exemplo, Nenhuma mulher, em Goiânia, que obteve medidas protetivas de urgência veio a óbito. Já as vítimas de feminicídio, no caso, não tinham registrado medidas protetivas”, disse a delegada, concluindo que “estatisticamente, podemos afirmar, sem dúvida, que as mulheres estarão muito mais protegidas se solicitarem medidas protetivas. No Estado, por exemplo, visitamos mais de 400 mulheres que contavam esse suporte.”
O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, que discursou durante o evento, lembrou que, quando se trata de feminicídio, os números precisam ser analisados de maneira diferente. “Para o feminicídio, há um cuidado maior, um preparo na investigação para a sua definição. Temos que analisar crimes correlacionados, que estão, inclusive, com números disponíveis no site da secretaria. Esses número mostram que a mulher está cada dia mais confiante em procurar o aparato da polícia por que confia no trabalho. Não só a polícia, mas o judiciário, o governo, o Ministério Público e a sociedade de modo geral”, pontuou.
Para o chefe da pasta da segurança, as mulheres estão cada dia mais encorajadas a denunciar e o governo cada dia mais determinado em buscar a punição. Ainda sobre feminicídio, Rodney reiterou que se trata de um crime “difícil se prevenir, pois em regra, é feito dentro da inviolabilidade do lar, que não esta acessível à visão da polícia, que só entra quando fica sabendo do crime”. Porém, o secretário garantiu que é preciso conscientizar a todos de que no século 21 não se pode mais aceitar isso. “Não vamos desanimar em tentar impedir os crimes ou reprimir os responsáveis pelos delitos já cometidos.”
A primeira-dama e presidente de honra da OVG, Gracinha Caiado, que também esteve presente durante a apresentação de resultados da Operação, afirmou que o Governo está tendo a preocupação em combater o feminicídio e a violência contra a mulher. “Iremos continuar estabelecendo metas e melhorar a cada dia para diminuir todos os números e chegar a zero. O Estado de Goiás e o povo de Goiás já não permitirá mais isso”, assegurou.
Também prestigiaram o evento o delegado geral da Polícia Civil de Goiás, Odair José Soares, a diretora geral da OVG, Adriana Caiado, e delegadas e delegados das especializadas de atendimento a mulher em Goiás.
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