ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

Programa de Compliance Público da Secretaria de Estado da Segurança Pública

Como devo eu, agir? Diante de várias possibilidades de escolha, como saber qual a melhor? Qual possui maior valor? Tais perguntas fazem parte do cotidiano de todos nós, seja no ambiente pessoal com a família e amigos ou no ambiente de trabalho entre colegas de seção e deveres de função. Nem sempre nós nos damos conta do quão frequente essas perguntas influenciam nossa vida presente e os efeitos futuros que elas produzem, por meio das respostas tácitas ou diretas através de nossas ações, ou mesmo influenciando a imagem que temos e que construímos de nós mesmos.

Entra nesse rol de efeitos, a reputação que adquirimos pelo passado construído a partir do valor das escolhas tomadas. Tal reputação pode ser objetiva: aquilo que meus colegas de trabalho, chefias e subordinados reconhecem em mim, avaliações de desempenho no estágio probatório e ainda elogios ou medalhas por atos que se sobressaem no cumprimento do dever por seu valor excepcional. Não obstante, e talvez mais importante, é a reputação subjetiva, aquela que reconhecemos em nós mesmos e nos identificamos. Mas o que seria isso?

Ora, todos nós temos um diálogo infindável em nossa cabeça que é suprido com a imagem que reconhecemos de nós mesmos, essa imagem é formada por nossas escolhas e ações, pelas respostas que damos àquelas perguntas iniciais, pelos resultados bem e mal sucedidos delas. Assim, uns se reconhecem íntegros, outros persistentes, outros não se levam muito a sério; há aqueles que se fiam em sua compaixão e empatia, possuem orgulho dela, e, por isso, estão sempre a alimentando com ações que demonstram isso, ajudando aqueles que estão em estado de necessidade, por exemplo.

Pois bem, a ética é uma disciplina do conhecimento e da prudência humana que busca, através da cooperação coletiva de um grupo, seja ele extenso como uma sociedade ou reduzido como a seção em que cada um de nós está lotado, dar as melhores respostas possíveis àquelas questões. Assim, quiçá podemos saber com maior segurança o melhor caminho a seguir, as escolhas de maior valor intrínseco e coletivo, e ainda, cooperarmos para o aperfeiçoamento da convivência humana e o combate, através de cada escolha, ao desmantelamento social que testemunhamos dia após dia nos jornais e nos índices de criminalidade.

Eder David de Freitas Melo

Gerência de Planejamento Institucional

Superintendência de Gestão Integrada
Secretaria de Segurança Pública
(62) 3201-1051

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