A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, com apoio da Polícia Militar, prendeu em flagrante, no dia 1º de dezembro, um homem suspeito de ter estuprado ao menos quatro mulheres nos últimos nove dias. O indivíduo, um auxiliar de obras de 24 anos, era investigado desde o dia 22 de novembro, quando a primeira vítima registrou ocorrência na delegacia. As investigações apontaram que as vítimas eram violentadas preferencialmente na região da Serra das Areias.

Segundo a delegada Cybelle Tristão, no dia seguinte ao primeiro registro, uma outra mulher procurou a polícia, denunciando crime com as mesmas características, o que levantou as suspeitas de que poderia se tratar do mesmo autor. Após dois dias, a terceira vítima registrou ocorrência e, na madrugada de 30 de novembro para 1º de dezembro, a quarta mulher alegou ter sido atacada. “Todas as características eram semelhantes, modo de agir igual, motocicleta preta, ameaça com faca”, conta.

Algumas vítimas, conforme relata a delegada, também foram vítimas de roubo. “As mulheres atacadas tem mais ou menos o mesmo perfil, idade aproximada. São trabalhadoras que voltam tarde pra casa, descem sozinhas do transporte coletivo e são atacadas”, explica. Além disso, as palavras proferidas pelo homem durante o ato também levaram a equipe a crer que estava diante de um criminoso em série. O autor foi localizado depois que o aparelho celular de umas das vítimas foi encontrado com um menor.

Para a prisão, a Deam de Aparecida contou com o apoio da Polícia Militar para monitoramento de pontos de possíveis abordagens. O homem foi inicialmente procurado em um obra onde prestava serviço, mas já havia deixado o local. As equipes saíram à procura e o localizaram no Jardim Riviera, em Aparecida de Goiânia. No momento da abordagem, ele dirigia a moto descrita pelas vítimas, assim como o capacete preto. Na casa dele foram apreendidos outros objetos reconhecidos pelas vítimas.

O inquérito policial será remetido ao Poder Judiciário dentro do prazo legal. A imagem e a qualificação do preso fora divulgada para identificação de outras possíveis vítimas, conforme o interesse público e seguindo os ditames da Lei 13.869/2019, Portaria 02/2020 e Portaria 547/21 PCGO.