Vigilantes penitenciários temporários são presos tentando repassar ilícitos para custodiados da Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia

Direção do presídio deu andamento aos procedimentos operacionais e segue apurando o caso. Objetivo é coibir a corrupção dentro do sistema penitenciário goiano.

Quatro vigilantes penitenciários temporários (VPTs), que executavam suas atividades na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), pertencente à 1ª Coordenação Regional Prisional (CRP) da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), receberam, nesta quarta-feira (29/09), voz de prisão no momento em que foram flagrados tentando repassar materiais ilícitos para custodiados do presídio.

Com eles, foram apreendidos celulares, carregadores, cigarros, essências para cigarros eletrônicos, diversas drogas e outros materiais de uso não permitido. Segundo o diretor da unidade prisional, Roberto Lourenço, a interceptação ocorreu após uma série de apurações e levantamento de informações sobre possíveis casos de corrupção envolvendo servidores dentro do presídio, o que motivou a ampliação do rigor nos procedimentos operacionais.

As informações levantadas durante as investigações foram comprovadas em uma revista pessoal nos indivíduos. “Algumas atitude suspeitas levaram à realização da minuciosa revista. A ágil ação e tirocínio dos servidores lograram êxito no flagrante desses homens. De imediato, foram tomadas as devidas providências, como a oitiva e apurações necessárias”, ressalta o policial penal Roberto Lourenço. “Durante os questionamentos, um dos VPTs informou que em seu celular haviam informações sobre como tudo ocorria, colaborando assim com as próximas fases das investigações”, frisa.

Lourenço reitera ainda que as apurações sobre outros possíveis repasses seguem sendo averiguados pelas autoridades policiais competentes. “A Polícia Penal trabalha diariamente para coibir a entrada de ilícitos nas unidades prisionais e, em paralelo, para garantir que o custodiado cumpra a pena judicial de maneira correta. Ou seja, ações como repasses de materiais proibidos para custodiados não são aceitas e não coadunam com os procedimentos operacionais e caráter dos servidores que honram os trabalhos dentro desta força policial. Atos criminosos continuam sendo combatidos diariamente por essa gestão”, afirma.

Apreensões

Dentro da mochila de um dos VPTs presos foram encontrados cerca de 2.060 papelotes de substância análoga à nova droga sintética conhecida como K4, 516 papelotes de substância similar ao LSD, nove carregadores para celulares, dois relógios digitais (smartwatch), duas chaves de manutenção de celulares, três celulares desmontados, duas carteiras de cigarro de palha, uma carteira de cigarro tradicional, um cigarro eletrônico, dois isqueiros, quatro frascos de essência para cigarro eletrônico, dois fones de ouvido, oito cabos UBS, um pen drive, um leitor de cartão e R$ 20 reais em espécie, além de um frasco de perfume, um tubo de cola usado em manutenção de celular e um canivete, além de uma arma de fogo com registro pessoal. Já na mochila do outro havia um bilhete direcionado a uma mulher cadastrada como visitante de um ex-detento do presídio.

Diante do flagrante, os jovens, dois com 29 anos, um de 30 e o último com 38 anos, foram encaminhado à Delegacia de Polícia Civil onde serão lavrados os autos de prisões e tomadas às demais providências que a ocorrência requer.

Mediante o ocorrido, foram identificados os presos destinatários dos materiais. Eles estão à disposição das autoridades policiais competentes para medida criminais apropriadas. Dois deles cumpriam pena por tráfico de entorpecentes e o por organização criminosa. Agora eles passam a responder por um novo crime.

Diante dos fatos, foram abertos procedimentos administrativos internos para averiguação dos fatos e aplicação das sanções penais aos envolvidos. Os VPTs, que há cerca de dois anos executavam suas atividades no sistema penitenciário goiano, terão seus contratos rescindidos.

Diretoria-Geral de Administração Penitenciária
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