Grupo é investigado por diversos estelionatos praticados em Goiânia. Pelo menos 40 pessoas foram vítimas dos golpes, apenas na capital goiana. Prejuízo total chega a R$ 215 mil

A Polícia Civil de Goiás cumpriu mandado de prisão preventiva contra uma mulher, de 25 anos, suspeita de integrar uma organização criminosa, especializada em estelionatos na capital goiana. O grupo, sediado em Guarujá (SP) e em São Paulo, mantinha uma falsa central telefônica de onde partiam diversos golpes. A detenção foi realizada pela 23ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Goiânia, com apoio da equipe da 9ª DDP.

A apuração dos crimes foi iniciada há três meses. Os golpes eram aplicados por meio de ligações feitas às vítimas. Segundo a investigação, os suspeitos informavam sobre a suposta clonagem de cartões bancários. Com isso, as vítimas entregavam, de forma espontânea, os objetos, acompanhados das senhas. A Polícia Civil estima que pelo menos 40 pessoas tenham caído no golpe, somente na capital goiana, com prejuízo total de cerca de R$ 215 mil.

No decorrer da apuração, as equipes identificaram que a mulher era uma das líderes do grupo, e seria responsável por fazer o recolhimento dos cartões, utilizando máquinas em seu nome para transações, além de permitir que sua residência, em Goiânia, fosse utilizada como a falsa central telefônica. Assim que a suspeita teve conhecimento sobre a apuração, fugiu para outro Estado. Após diversas diligências, os policiais descobriram que a investigada teria retornado a Goiânia.

A mulher foi presa no momento em que embarcava no Aeroporto Santa Genoveva, com destino a São Paulo. A detenção contou ainda com o auxílio de servidores da Infraero e da Polícia Federal. Além da investigada, outras duas pessoas, suspeitas de integrar a organização criminosa, já haviam sido presas durante a Operação Conexão SP. As detenções foram realizadas na última semana, em Trindade e São Paulo.

Também foram cumpridos diversos mandados de busca e apreensão durante a ação. Os policiais solicitaram ainda o bloqueio das contas bancárias dos suspeitos, pedido que foi acatado pelo Poder Judiciário. A mulher presa, na última quinta-feira (5/03), deverá responder ao final do inquérito pelos crimes de organização criminosa e estelionatos qualificados continuados.

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