Caso Eduardo Jordão: PC prende suspeitos de latrocínio, em Abadia de Goiás

Investigação aponta que o crime teria sido premeditado

A Polícia Civil de Goiás prendeu um homem, de 35 anos e apreendeu um adolescente, de 17, suspeitos da morte do jornalista Eduardo Ramos Jordão, de 77 anos. O crime aconteceu no dia 28 de dezembro do ano passado, em Abadia de Goiás. A vítima, que estava na casa onde morava, foi assassinada com diversos golpes na cabeça. A dupla foi identificada após intensa investigação da Delegacia de Polícia (DP) do município.

De acordo com o delegado Arthur Fleuy, o adolescente foi o responsável por desferir os golpes fatais. A suspeita é de que se trate de um crime de latrocínio (roubo seguido de morte). “Ele frequentava a casa da vítima foi lá com o intuito de matá-la para pegar bens patrimoniais e assim o fez. Chegou lá, pelas costas da vítima deu um golpe de bastão, a vítima caiu na cama. Ele pediu a senha do cartão para sacar dinheiro e a vítima negou, pedindo para não fazer aquilo. Com isso, o adolescente deu golpes na cabeça da vítima”, disse.

Após a morte do jornalista, o menor fugiu do local levando diversos objetos pessoais da vítima, incluindo o veículo. “Disse que depois ficou com medo de ser pego, abandonou o veículo no Jardim Itaipú, pegou um ônibus e foi embora”, informou. Durante a apuração, chamou a atenção dos policiais a postura do adolescente, que não demonstrou arrependimento ou remorso durante a cofissão do crime. “Tranquilo, frio, hora alguma demonstrou arrependimento. Conta os detalhes sem nenhum pudor”, afirmou o delegado.

O adolescente foi encontrado e apreendido ainda em Abadia de Goiás. Por meio dele, as equipes conseguiram chegar ao segundo indivíduo, que foi detido em Aparecida de Goiânia. “Ele foi localizado com objetos da vítima e também foi ao local no dia do crime”, pontuou. Agora, a Polícia Civil trabalha para identificar a relação entre o adolescente e o suspeito maior de idade. “Eles moravam próximos e os dois conheciam a vítima, o menor frequentava mais a casa, mas o maior também tinha contato. O que sabemos é que eles tinham um vínculo de jogar futebol na região”, ressaltou o delegado Arthur Fleury.

O adolescente foi levado à Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) da capital. Ele deverá responder pelo ato infracional análogo ao crime de latrocínio, com medida socioeducativa máxima de três anos. Já o suspeito maior de idade foi levado à Delegacia de Capturas, em Goiânia. Caso seja comprovado o vínculo com o menor, o homem poderá responder pelo crime de latrocínio, com pena prevista de até 30 anos de reclusão.

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