Polícia apreende 400 kg de alimento impróprio para o consumo durante operação em laticínio clandestino

Ação integrada entre Polícia Civil e Agrodefesa flagra irregularidades como falta de higiene básica para produção de alimento, incluindo sujeira, ferrugem e lixo próximo às matérias primas. Estabelecimento também não possuía autorização para funcionamento.

Um laticínio clandestino, que funcionava nos fundos de uma casa, em Terezópolis de Goiás, foi interditado nesta terça-feira (8/12) em operação conjunta entre a Polícia Civil e a Agrodefesa. Além de não ter autorização para funcionamento, o local não possuía condições de higiene adequadas. Durante a ação policial, foi cumprido mandado judicial, que resultou na apreensão 400 quilos de alimentos derivados do leite que estavam impróprios para consumo.

As investigações da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) foram iniciadas após uma denúncia anônima, informando sobre a situação do estabelecimento. O laticínio pertencia a uma empresa familiar e funcionava desde 2016. Segundo o delegado Frederico Maciel, no momento das buscas, as equipes identificaram diversas irregularidades, principalmente relacionadas a questões sanitárias.

“Nós encontramos o local totalmente inadequado, porque tinha ferrugens, por exemplo, no fogão, nas janelas, a parede faltando reboco, sujeira pelo chão, lixo próximo da matéria prima que era produzida. A Agrodefesa, que é o órgão responsável por essa fiscalização, não tinha conhecimento dessa produção, que era feita de maneira clandestina, sem qualquer controle de qualidade”, afirmou.

De acordo com a investigação, os produtos fabricados no laticínio eram comercializados em uma loja, às margens da BR-060. Os dois locais, segundo a Polícia, pertenciam ao mesmo grupo familiar. “A gente tem conhecimento de que essa é uma empresa familiar, que eles têm uma loja também, assim como outros possuem, só que são fiscalizados”, disse.

Para o delegado, o longo período sem a devida autorização do órgão competente aponta possível descaso por parte dos proprietários do laticínio. “Segundo a Agrodefesa, eles tinham iniciado esse procedimento (de regularização). Mas, apesar disso, desde 2016 eles produzem de maneira clandestina. Então analisando a situação, a gente vê que não houve interesse em regularizar porque são quatro anos produzindo de maneira clandestina”, ressaltou.

Além da apreensão, o local foi ainda multado pela Agrodefesa. Os proprietários deverão responder por crime contra as relações de consumo. Em caso de condenação, podem pegar até cinco anos de reclusão. Já os produtos apreendidos irão passar por perícia e posteriormente serão destruídos.

 

 

 

 

 

 

 

 

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