Governo de Goiás aborda ética na gestão pública

 

O Governo de Goiás, por meio da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e em parceria com o Sebrae, trouxe aos servidores goianos, dentro do Programa de Compliance Público (PCP), a palestra “Ética e Serviço Público”, com o Prof. Clóvis de Barros Filho. O evento ocorreu nesta segunda-feira (29/7), no teatro Rio Vermelho do Centro de Cultura e Convenções de Goiânia, reunindo cerca de 1.400 pessoas. Clóvis de Barros Filho é um dos mais requisitados palestrantes brasileiros da atualidade. Doutor e livre-docente pela Escola de Comunicação e Artes da USP, filósofo e jornalista, suas aulas e palestras sobre ética já foram ouvidas por milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Ao fazer a abertura do evento, o secretário de Desenvolvimento e Integração (Sedi), Adriano Rocha Lima, afirmou que a boa política se assemelha muito à ética, pois ambas estão relacionadas com o atendimento dos interesses coletivos, ou seja, servir ao outro. Ele lembrou que a palestra sobre ética, dirigida aos servidores, faz parte de um conjunto de formações que envolvem ainda um workshop dirigido a cerca de 400 servidores da estrutura básica e complementar do Estado, que ocorre nesta terça-feira (30/7), ao longo do dia, e uma série de 30 vídeos sobre ética que serão disponibilizados aos servidores por meio de uma parceria com o Senac.

O governador do Estado, Ronaldo Caiado, fez questão de participar de todo o evento e reforçou que é um servidor público no cargo de governador. Caiado lembrou que o PCP já tem dado resultados, como a identificação dos desvios de milhões de reais no Ipasgo, ou a antecipação de riscos que poderiam levar a perdas de receita. Em todas essas situações, o governador lembrou a importância da ética na gestão pública e se colocou como mais um ouvinte interessado nos conhecimentos do palestrante.

Etica x moral

Com uma abordagem bem-humorada, Clóvis de Barros tratou de questões ligadas à ética e à moral. O professor explicou que a palavra ética começou a ser usada enquanto outra palavra conheceu o declínio: a moral. “A impressão é que uma substituiu a outra, ou até mesmo sejam sinônimas, mas não são”, disse. Ele classificou a moral como aquilo que o individuo não faria de forma alguma. “A moral não tem a ver com o externo, é uma questão de consciência. É você com você mesmo”, disse.

Uma sociedade rigidamente dirigida pela moral seria diferente da que temos hoje. Segundo Clóvis Barros, nela não haveria tanta necessidade de segurança e controles externos, uma vez que cada um seria suficiente para definir os limites da própria ação. Ao falar sobre ética, ele enfatizou a diferença entre os valores. Segundo o professor, a ética não se traduz em uma tabela de “pode ou não pode”. Mas sim por meio de uma disposição permanente da inteligência, em que há chances iguais de felicidade para todos os que integram e interagem num mesmo espaço. “Aplicada ao servidor público, é o fazer triunfar a vontade daquele a quem se serve, ou seja, o cidadão”, destacou.

Texto: Reprodução do site da CGE

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