Operação Conta Espelho II: PC prende suspeitos que aplicavam golpes na internet

Ao todo, seis pessoas foram presas em flagrante. Uma vítima do golpe, de Minas Gerais, teve um prejuízo de mais de R$ 60 mil

A Polícia Civil de Goiás deflagrou a Operação Conta Espelho ll, que investiga golpes aplicados na internet. Durante a ação, seis pessoas foram presas em flagrante e diversos celulares foram apreendidos. A ação, realizada pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC), dá sequência ao trabalho investigativo de outra operação desencadeada no início deste mês. Na ocasião, outras cinco pessoas foram detidas.

Segundo o delegado Cássio Arantes, por meio da ação, os criminosos induziam a vítima a acreditar que estava falando com algum familiar ou conhecido, que teria trocado o número de telefone, para pedir dinheiro emprestado. “O indivíduo de posse de um chique telefônico habilita aquele terminal, coloca no aplicativo de mensagem uma fotografia de algum parente dele, entra em contato com essa pessoa, dizendo que está com um novo número e em determinado momento pede que a vítima empreste dinheiro”, afirmou.

Para conseguir convencer as vítimas, o grupo usava o argumento de que a conta teria sido bloqueada, porque os valores de transferências haviam excedido naquele dia.  Em um dos casos, os suspeitos se passando por um médico de Minas Gerais, aplicaram o golpe contra a mãe do profissional, que teve um prejuízo que ultrapassa R$ 60 mil. “O indivíduo se passando por esse médico solicitou pra mãe da vítima essas transações e ela realizou três transferências bancárias para a conta de pessoas aqui do estado de Goiás”, ressaltou.

De acordo com o delegado, a prática criminosa tem se tornado cada vez mais comum em todo o país e tem feito ainda mais vítimas que outras, como a de clonagem dos números de telefone. “Quando ele clonava o WhatsApp usando toda aquela técnica de pedir o código de segurança, a vítima do outro lado ficava sem acesso ao aplicativo. Então ela imediatamente desconfiava que poderia ser um golpe e comunicava as pessoas. Nesse caso não. O aplicativo original da pessoa continua valendo. Essa é uma engenharia mais simples, mas ainda mais convincente”, destacou.

Entre os seis suspeitos detidos estão dois mentores do golpe e quatro pessoas que auxiliavam emprestando ou vendendo contas bancárias para o recebimento dos valores provenientes da prática criminosa. A polícia segue apurando os crimes, já que há a suspeita de existência de uma associação criminosa, que atua aplicando os golpes no estado. “A ideia é chegar agora realmente ao mentor intelectual, aos líderes dessa organização criminosa e possivelmente em uma terceira fase da operação, encerrar essas investigações aqui no estado”, informou.

O delegado ainda orientou sobre os procedimentos que devem ser adotados pela população, em casos parecidos. “Você recebeu uma mensagem de aplicativo de texto, de um número que você não conhece, não faça depósito, não faça transferências. Entre em contato com o número original da pessoa para ver se ela te atende. Se não, tente conversar por áudio pra ver se você reconhece a voz da pessoa que está do outro lado. Em último lugar, desconfie sempre que alguém te peça para fazer transferências bancárias para contas de pessoas que você não conhece e nunca viu na vida. A prevenção ainda é o melhor remédio”, concluiu.

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