Vigilância Sanitária alerta para o risco dos alimentos impróprios para o consumo

Diretor do órgão de Goiânia disse ao TBC2 que em 2020 foram apreendidas mais de 10 toneladas desses alimentos e mais de 1.800 pessoas foram multadas por motivos diversos, dentro das infrações sanitárias

É grande o risco para a saúde ao se consumir alimentos com prazo de validade vencido ou conservados fora da temperatura apropriada. Por isso, a Vigilância Sanitária realiza regularmente inspeções nos estabelecimentos. Nesta quarta-feira, 3, agentes da Vigilância  Sanitária de Senador Canedo interditaram uma empresa que funcionava de forma clandestina no município, e vendia  frios (presunto, mortadela e salsicha) impróprios para o consumo e sem nota fiscal.

Em entrevista no estúdio do telejornal TBC2, o diretor da Vigilância Sanitária de Goiânia, Jadson Tavares, alertou para os riscos da ingestão desses alimentos para a saúde. Ele lembrou que o alimento é essencial para a vida, mas se estiver impróprio para o consumo, ele se torna um veneno porque produz toxinas. Acrescentou que o efeito da toxina pode ser diverso, causando desde mal estar momentâneo, duradouro ou  prolongado com efeito para o resto da vida, e até mesmo a morte.

Inspeções

Jadson fez também um balanço do trabalho da Vigilância Sanitária Municipal de Goiânia em 2020. Foram realizadas quase 30 mil inspeções nos estabelecimentos da capital. Desse total, 3 mil foram motivadas por denúncias da população. A fiscalização apreendeu mais de 10 toneladas de alimentos impróprios para o consumo e mais de 1.800 pessoas foram autuadas por motivos diversos, dentro das infrações sanitárias.

O diretor destacou que se a pessoa é for flagrada vendendo esse tipo de produto, imediatamente ele é apreendido. “Não tem conversa. Se estiver vencido, se foi adulterado, se tem algum vestígio de fraude, a legislação é clara: diz que sumariariamente ele está impróprio para consumo”, explicou. Além disso, o empresário vai ser multado e, concomitante com outras infrações, ainda terá o estabelecimento interditado por algum tempo, até que resolva as pendências que tem na empresa dele. “É muito prejuízo”, advertiu.

Consumidor

Segundo ele, o consumidor pode contribuir observando as condições de higiene do estabelecimento e o comprometimento dos atendentes com a organização do local. No caso de supermercados e casas de frios, orientou a procurar verificar a marca e o prazo de validade do produto, assim como a temperatura em que ele está sendo armazenado.

“Essas pequenas coisas o consumidor pode observar”, afirmou. Para as outras, que estão no ambiente interno (do estabelecimento) onde o consumidor não pode ver, ele pode contar com a Vigilância Sanitária, fazendo sua denúncia ou enviando e-mail. Dessa maneira, ponderou, o consumidor vai ajudar a fiscalização.

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