Uma ação conjunta tem chance muito maior de efetividade, diz secretário da Comunicação de Goiânia a respeito do decreto municipal

Em entrevista à RBC, Vassil Oliveira afirmou que decisão de suspender todas as atividades não essenciais na capital nos próximos 14 dias visa evitar o colapso no sistema de saúde, diante do avanço da Covid-19

Começou a valer o decreto da Prefeitura de Goiânia que fecha todas as atividades não essenciais, seguindo o decreto do Governo do Estado que pede a suspensão desses serviços pelo período de 14 dias, em função do avanço acelerado da Covid-19, revezando em seguida com 14 dias de abertura. O propósito é evitar um colapso no sistema de saúde. 

Para explicar a decisão do prefeito Iris Rezende, que reverteu o processo de flexibilização das atividades na capital, o secretário municipal da Comunicação de Goiânia, Vassil Oliveira, concedeu entrevista nesta quarta-feira, 1º de julho, ao programa O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM. Ele conversou com os apresentadores Jerônimo Venâncio e Rafael Mesquita.

Segundo Vassil, uma ação conjunta tem chance muito maior de efetividade do que uma ação isolada. A afirmação foi feita ao ponderar que o governador Ronaldo Caiado tem liderança e responsabilidade para com todos os 246 municípios goianos. E Goiânia, por sua vez, possui liderança e responsabilidades também grandes, por ser referência e acabar absorvendo parte das demandas médicas das cidades do interior. 

“O acompanhamento (do decreto estadual) é no sentido que a gente tenha agora uma ação forte que permita o passo seguinte, que é a flexibilização, dentro de uma estratégia, repito, que envolva o Governo do Estado e a (Prefeitura da) capital”, explicou o secretário. Indagado se Goiânia vai seguir a proposta de escalonamento 14 dias por 14 dias da Universidade Federal de Goiás (UFG) até setembro, respondeu que, “a priori”, a Prefeitura da capital está acompanhando o Governo do Estado.

Vassil Oliveira reforçou que a Prefeitura aumentou consideravelmente a oferta de UTIs (para pacientes da Covid-19) nos últimos dias. Porém, a situação de Goiânia é a mesma do Estado: o risco de um colapso (na saúde). Isso porque existem dificuldades para montar UTIs, comprar remédios, ter uma estrutura maior. “A gente tem de considerar todos os elementos envolvidos; e um deles é que haja um crescimento muito grande do número de casos da Covid-19, o que já tem sido apontado pela UFG”, disse.

Região da 44

Ao comentar a situação dos comerciantes da Região da Rua 44, que tinham acabado de reabrir suas atividades e haviam proposto continuar funcionando nos 14 primeiros dias do revezamento, Vassil confirmou que isso foi apresentado ao Paço Municipal e ao governador. Mas lembrou que há considerações (a serem levados em consideração) de forma muito objetiva. “Nós estamos em um momento que demanda preocupação”, argumentou. Os números indicam crescimento dos casos e a possibilidade de colapso da estrutura de saúde, voltou a ressaltar. 

Conforme Vassil, se a Região da Rua 44 ficasse aberta por 14 dias, são 14 dias a mais com exposição (ao novo coronavírus), com possibilidade de crescimento e até de explosão dos casos. “A forma de conter a evolução (da doença) é uma parada estratégica agora, para um retorno daqui a 14 dias”, defendeu. Lembrou que havia um esforço da Prefeitura indicando para a flexibilização, mas diante do apelo e da estratégia apontada pelo governador, o prefeito Iris Rezende tomou a iniciativa e a decisão de acompanhar o que Ronaldo Caiado está definindo como estratégia para o Estado.

Fiscalização

O secretário afirmou que a Prefeitura da capital possui uma estrutura de fiscalização que continuará funcionando para fazer valer o cumprimento do decreto municipal. Citou ainda que o governador ofereceu apoio para os municípios nesta área, inclusive para Goiânia. Mas defendeu a conscientização da população, por meio dos meios de comunicação – como as emissoras de rádio e a TV da Agência Brasil Central, por exemplo –, pois a solução do problema não passa só pelo poder público, mas pela adesão da população. E o objetivo principal é salvar vidas.

Sobre detalhes do que pode funcionar ou não em Goiânia neste primeiro período de 14 dias, disse que é permitida a abertura dos setores essenciais. O comércio da 44 e os shoppings não podem funcionar, esclareceu. Para maior detalhamento do decreto municipal, indicou o portal da Prefeitura na internet.

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