Superintendente da SES-GO alerta para os riscos de festas e aglomerações de pessoas neste momento de pandemia

Sandro Rodrigues afirmou à RBC que muitas pessoas estão achando que estamos em agosto do ano passado e encarando a situação atual como se nada estivesse acontecendo

“As pessoas estão achando que estamos em agosto do ano passado, como se nada estivesse acontecendo, como se não houvesse uma pandemia. Isso fica claro nas notícias de realização de festas clandestinas e, consequentemente, de aglomerações (de pessoas), que não são recomendadas.”

O alerta é do superintendente da Ação Integral à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Sandro Rodrigues. Ele concedeu entrevista, nesta quarta-feira, 5, ao programa O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM. O radiojornal foi apresentado por Ernesto Fleury e Lucas Nogueira.

Sandro comentou o fato de as estatísticas oficiais apontarem mais de 73 mil casos confirmados da Covid-19 em Goiás e de 1.791 óbitos em decorrência da doença, conforme dados desta terça-feira, 4. Ele destacou que a retomada das atividades econômicas foi autorizada com base em protocolos de saúde e de segurança sanitária, e seu cumprimento está sendo observado pela fiscalização.

Dados do Bem

O superintendente da SES-GO falou sobre a adoção do aplicativo Dados do Bem e o aumento da testagem da população goiana. “A lógica do aplicativo é para que ele seja utilizado no Estado como um todo,” ressaltou. Explicou que, nessa ação, o teste da Covid-19 é oferecido para aquela pessoa assintomática. A partir do resultado, é possível tomar as medidas de saúde necessárias para evitar a propagação da doença.

Conforme Sandro Rodrigues, a ação da testagem exige uma logística importante, pois o processamento do teste é feito no Rio de Janeiro. O trabalho começou com alguns municípios – aqueles com maior número de casos, os turísticos e os localizados na divisa de Goiás com outros Estados. Isso ocorre independente da aceitação dos municípios, mas a adesão tende crescer à medida que prefeitos e secretários municipais de saúde entendam a importância dessa ação.

Questionado por que em Manaus (AM) já foi autorizado o retorno das aulas presenciais nas escolas e em Goiás isso ainda não ocorre, ponderou que nosso Estado foi um dos primeiros a adotar as medidas, do ponto de vista governamental, de isolamento social. Isso atrasou um pouco a evolução da curva da pandemia, justamente para dar tempo ao sistema de saúde de organizar a oferta de leitos de UTI. Citou que, atualmente, as taxas de ocupação dos leitos hospitalares no Estado estão ficando entre 85% e 90%, “o que é bastante administrável”.

Para Sandro Rodrigues, não tem como comparar a situação de Manaus ou de São Paulo com a de Goiás, porque essas localidades já passaram pelo pico da curva da pandemia, e nosso Estado ainda não. Lembrou que, na capital amazonense, por exemplo, já ocorre uma redução de casos da Covid-19 e de mortes; e isso pode dar ao governante uma informação importante para retomar as atividades escolares.

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