Superintendente da Saúde destaca a importância do uso da máscara no combate à Covid-19, em entrevista à RBC

Segundo Flúvia Amorim, da Superintendência de Vigilância em Saúde, ao utilizar a máscara a população dificulta a transmissão da doença

Em entrevista concedida nesta quinta-feira, 16, ao radiojornal O Mundo em sua Casa da Rádio Brasil Central AM e RBC FM, a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Flúvia Amorim, destacou a importância de utilização da máscara facial no combate à Covid-19. O governador Ronaldo Caiado, inclusive, em live transmitida pelas emissoras da Agência Brasil Central (ABC) na última terça-feira, 14, sinalizou que ela poderá se tornar obrigatória para os cidadãos goianos a partir do próximo dia 20.

Conforme Flúvia Amorim, não é preciso ter vergonha de usar a máscara. Ela citou o slogan de uma campanha: “Com a máscara eu me protejo e você me protege”. Isso porque, afirmou, a máscara impede que ao conversar, tossir ou espirrar a gotícula de saliva de uma pessoa entre em contato com outra ou com um objeto. Com isso, essa gotícula não vai muito longe, tende a ficar retida, fato que dificulta a transmissão da doença.

Uso correto

O radiojornal O Mundo em sua Casa foi apresentado por Luzeni Gomes e Ernesto Fleury. A superintendente explicou como utilizar corretamente a máscara. A orientação é não tocar em suas partes interna e externa, e usar o elástico ou as alças laterais para ajustar a máscara no rosto. Para retirar, pegar pela ponta, dobrar e colocar em um saquinho (se estiver fora de casa). Ao chegar em casa, lavar com água e sabão, e com hipoclorito de sódio, que é a água sanitária.

Questionada por que no início se recomendava o uso da máscara somente para quem estava infectado e agora ela abrange todos, a superintendente ponderou que, por ser uma doença nova, estudos novos vão surgindo. E se verificou que pessoas sem sintomas podem ser portadoras (da Covid-19) e transmitir a doença. Dessa forma, quem for assintomático, ao utilizar a máscara, não vai transmitir com tanta facilidade, argumentou.

Flúvia Amorim destacou que as máscaras hospitalares devem ser usadas exclusivamente por profissionais de saúde, que estão na linha de frente do atendimento. Para a população em geral, recomendou a máscara caseira, confeccionada com tecido, “que funciona como um anteparo, uma proteção, uma barreira para (evitar) que essa gotícula chegue a outras pessoas”.

Abastecimento

Sobre o abastecimento dos equipamentos de proteção individuais (EPIs) destinados aos profissionais de saúde, afirmou que a Secretaria de Estado da Saúde monitora os hospitais estaduais, ficando a cargo das Secretarias Municipais de Saúde monitorar as unidades municipais, e os gestores cuidarem dos hospitais privados. 

Citou que existem também os órgãos que fiscalizam a disponibilidade de EPIs na área da Saúde, tais como os Conselhos Regionais de Enfermagem, Medicina e Farmácia, o Ministério Público do Trabalho, a Superintendência Regional do Trabalho, entre outros. Esses órgãos e entidades verificam se os profissionais de saúde têm à disposição esses equipamentos e se estão utilizando-os de forma correta.

Flúvia admitiu ainda que podem existir problemas pontuais de abastecimento de EPIs em hospitais municipais ou privados, porque, no momento, “o mundo inteiro quer comprar esses equipamentos”. Mas a tendência é de regularização, principalmente porque Goiás ainda não chegou ao pico (do contágio) da doença e o número de casos ainda não explodiu, acrescentou.

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