Situação de Goiânia está próxima do pico da pandemia da Covid-19, mas ainda não chegou a um platô

A afirmação foi feita pela diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde da capital, Grecia Pessoni, durante entrevista concedida ao radiojornal O Mundo em sua Casa

Em entrevista concedida nesta segunda-feira, ao radiojornal O Mundo em sua Casa, a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Grecia Pessoni, disse que a situação da capital está próxima de atingir o pico da pandemia da Covid-19. Mas que ainda não se chegou a um platô de registros de casos da doença.

A diretora conversou com os apresentadores do programa das rádios Brasil Central AM e RBC FM, Ernesto Fleury e Lucas Nogueira. Ela destacou que ainda não se pode afirmar que se chegou ao pico da disseminação da doença em Goiânia. Alegou que houve um contratempo com o sistema do Ministério da Saúde (MS), onde os municípios de todo o Brasil tiveram dificuldade para notificar alguns casos durante determinado período.

“A gente está correndo atrás dos casos que ainda não foram notificados”, explicou. Segundo Grecia, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia acredita que o início desse platô (de casos), que aparentemente está se mostrando, pode ser resultado de uma falta de registros de dados ocasionada por esse problema no sistema.

Acrescentou que está sendo feita uma análise, junto com os serviços notificadores e todas as unidades de saúde do município de Goiânia, inclusive da rede privada, na busca dos casos que não foram notificados para eles serem atualizados no sistema. E assim, ser possível dar uma resposta à população. A diretora disse acreditar que os casos de Covid-19 na capital ainda são muitos.

“Doença traiçoeira”

Grecia Pessoni classificou a Covid-19 de “doença traiçoeira”, pois em algumas pessoas ela se agrava de uma hora para a outra. Nesses casos, a orientação é que, em qualquer sinal de agravamento (e o principal é a falta de ar), a pessoa deve procurar uma unidade de urgência, que em Goiânia são os Cais e as Upas.

Se os sintomas forem leves, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima de seu domicílio. “Até os postinhos estão preparados para dar esse atendimento”, ressaltou. Se ocorrer no período noturno ou no final de semana, é necessário procurar os Cais ou as Upas, que são as unidades de atendimento de saúde 24 horas (por dia).

Sobre a flexibilização do funcionamento do comércio em Goiânia, a diretora de Vigilância Epidemiológica afirmou que o ideal é que todos ainda estivessem em isolamento, para evitar o aumento dos números de casos da doença e de óbitos. “Mas a gente sabe que estamos em um país onde as condições financeiras da população não são tão favoráveis”, alegou. Lembrou que muitos comércios estavam funcionando na clandestinidade, e mesmo com o maior número de fiscais possível seria difícil combatê-los.

Conforme Grecia, a Federação do Comércio (Fecomércio) está orientando os empresários e foi constatada a adoção de ações de controle, principalmente entre os grandes estabelecimentos, como os shoppings, diminuindo assim os riscos de propagação da Covid-19. “Depois de cerca de quatro meses de quarentena, entendo que, do risco, o menor”, avaliou.

Mas admitiu a possibilidade de a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia voltar a recomendar o fechamento das atividades produtivas, de acordo com a evolução do número de óbitos e a disponibilidade de leitos (hospitalares) no município.

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