Setembro Dourado entra na Semana D da conscientização sobre o câncer infanto-juvenil

Em entrevista à RBC, médica do Hospital Araújo Jorge reforça a importância do diagnóstico precoce da doença entre crianças e adolescentes; câncer registra alta taxa de mortalidade nesses grupos

A Campanha Setembro Dourado entra na Semana D das ações de conscientização do diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil. A iniciativa é da Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer, juntamente com suas 47 filiadas espalhadas pelo Brasil.

Em entrevista concedida ao radiojornal O Mundo em sua Casa desta segunda-feira, 28, a médica do Setor de Oncologia Pediátrica do Hospital do Câncer Araújo Jorge, de Goiânia, Elecy Messias de Oliveira, informou que o câncer tem grande incidência entre as doenças que acometem as crianças e adolescentes no Brasil, sendo atualmente a primeira causa de mortalidade em pacientes com 1 a 19 anos de idade.

No bate-papo com os apresentadores do programa das rádios Brasil Central AM e RBC FM, Ernesto Fleury e Luzeni Gomes, a médica destacou a importância da campanha Setembro Dourado realizada ao longo deste mês, como forma de disseminar informações, para a sociedade e as famílias, sobre o diagnóstico precoce. Explicou que, se a doença for detectada em fase inicial, o tratamento começa o mais rápido possível, e a criança ou adolescente se submeterá a um tratamento menos agressivo, quando possível.

Manifestações

Elecy citou as manifestações mais comuns do câncer nas crianças e adolescentes. São elas: leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfomas, tumores abdominais e de tecidos de sustentação, tipo músculo ósseo, entre outras. Sobre os sinais que chamam mais a atenção estão a palidez, anemia muito intensa, fraqueza, sangramentos anormais como na gengiva, manchas exageradas ou roxas no corpo, dores desproporcionais no corpo, caroços, inchaço, perda de peso sem explicação, ou febre prolongada.

Segundo ela, a família tem de estar consciente e buscar os serviços hospitalares ou ambulatoriais no serviço público de saúde, para que o paciente seja encaminhado ao serviço de alta complexidade que lida com o câncer.

A médica afirmou que, à medida que são controladas as doenças infectocontagiosas e os casos traumáticos (de acidentes) em crianças e adolescentes, os cânceres nessa faixa vão aparecendo, até porque a população está crescendo.

Mas lembrou que a doença é diferente daquela verificada no adulto. Nesse último, o câncer está relacionado a causas ambientais e a hábitos de vida, enquanto na criança não existe esta relação direta. Por isso, salientou, a família deve estar atenta aos sinais e sintomas que citou anteriormente.

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