Secretário diz que, até segunda, Goiás recebe e começa a vacinar com a de Oxford

Ismael Alexandrino explicou que ela será disponibilizada ainda para os grupos prioritários e que se uma pessoa receber a primeira dose da vacina de uma marca deve receber a segunda dose da mesma marca

O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, disse, em entrevista ao TBC 1 da TV Brasil Central, que as 140 mil doses da vacina da Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 que Goiás deve receber até segunda-feira, 25/1, serão utilizadas na totalidade para a vacinação em uma única dose, porque o prazo para a aplicação da segunda dose é de 12 semanas, três meses, e que até lá já devem estar disponibilizadas novas remessas da mesma vacina, para a aplicação da segunda dose. Ressalvou, no entanto, que 5% desse total vai para a reserva técnica e que a pessoa deve tomar as doses sempre da mesma vacina. “Se tomar da Oxford, espera o prazo para tomar novamente a segunda dose da Oxford”, explicou.

“Temos um número de profissionais da saúde que precisam ser imunizados e aí, na sequência, partiremos logo para vacinar os idosos acima de 80 anos. Vamos esperar para ver exatamente o quantitativo de doses que chegarem aqui, para informarmos à população”, afirmou Ismael, acrescentando que foi informado que algumas cidades não seguram à risca o Programa Nacional de Imunização (PNI), que tem um detalhamento muito claro de quais são os grupos.

E enfatizou: “Nessa primeira remessa serão vacinados os idosos que estão em instituições de longa permanência, abrigos, asilos, os deficientes físicos também que estão em instituições, os profissionais dessas instituições, os indígenas aldeados e os profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19. Alguns acabaram utilizando em outros grupos que não esses. A nós cabe a notificação e o Ministério Público está acompanhando pari passu esses casos”.

Vacinas

Explicou também que para quem foi imunizado tomando a CoronaVac, deve esperar entre 14 e 28 dias para tomar a segunda dose, um intervalo que é considerado curto. Por isso mesmo, o primeiro lote foi dividido para que nesse prazo as pessoas tomem a segunda dose. “No caso da de Oxford, o intervalo é de pelo menos 12 semanas, quase três meses de intervalo. Isso faz com que dê para utilizar a totalidade e não apenas a metade, tendo em vista que neste intervalo de três meses chega um quantitativo suficiente para proceder a segunda dose”, salientou.

Explanou que a vacina da Oxford tem uma eficácia de mais de 70%, significando isso que, de todas as pessoas que vacinarem, mais de 70% não desenvolverão a doença. “Em torno de 27% pode desenvolver a doença, no entanto, nas suas formas leves, evitando assim as formas graves e o óbito”, acrescentou. Segundo ele, não se pode tomar a primeira dose de uma marca e a segunda dose de outra marca.

Sobre imunidade, disse também que há a perspectiva de que provavelmente todo ano será necessário realizar a vacinação, assim como se faz com a vacinação contra a influenza. Ismael informou que a ocupação de enfermarias e de leitos de UTI públicos em Goiás está em uma curva ascendente, já ultrapassando a barreira dos 70% de ocupação de UTI e mais de 50% de ocupação de enfermaria. “Estamos em uma curva ascendente, de forma que nos próximos 30 dias teremos que ter muito cuidado, utilizar máscara, manter o distanciamento e a higienização, para que não tenhamos uma explosão do número de casos e, sobretudo, de internação e de óbitos”, alertou, observando que não há programação para a vinda a Goiás de novos pacientes de outras localidades.

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