Secretário de Aparecida de Goiânia diz ao TBC 1 como se dará o escalonamento mais rígido na cidade por causa da pandemia
Alessandro Magalhães informou que a taxa de ocupação de UTIs na cidade hoje é de 60% e o cenário pode ficar mais rígido se essa taxa chegar aos 70%
A cidade de Aparecida de Goiânia, que integra a região da Grande Goiânia, vai adotar agora, em função da pandemia da Covid-19, a regra de escalonamento do cenário laranja, mais rígido do que o amarelo que era adotado desde o dia 5 de junho, quando foi feito o planejamento de enfrentamento dessa situação. A afirmação foi feita pelo Secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães, em entrevista nesta segunda-feira, 6, ao telejornal TBC 1, apresentado por Michelle Bouson. Segundo ele, no cenário amarelo há o fechamento, de segunda a sexta-feira, das atividades econômicas de duas macrozonas durante um dia e também no domingo. No cenário laranja, a ser adotado agora, há o fechamento de quatro marcozonas por dois dias da semana e mais o sábado, a partir das 13 horas, e o domingo.
“Se chegarmos ao cenário vermelho, aí ampliamos para três dias e seguiremos o modelo israelense, que abre quatro dias e fecha durante 10 dias. Nesse modelo que adotamos agora, se você fizer uma projeção de 28 dias, estamos abrindo 14 dias e fechando 14 dias”, só que com um escalonamento diferente do adotado pelo decreto do Governo do Estado. O cenário vermelho, observou, seria quando a taxa de ocupação dos leitos de UTI da cidade passar de 70% “e aí nós fecharíamos seis marcozonas por dia”, informou.
Disse que não adotou o modelo do Governo de Goiás, porque o escalonamento na cidade tinha sido planejado bem antes, desde o dia 5 de junho. “Nós não estamos muito diferentes. Como falei, fechando quatro macrozonas, em cinco dias teremos dois dias de fechamento completo em Aparecida. Incluindo o sábado, meio dia, e o domingo, dá três dias e meio em sete dias. Em 14 dias, eu teria sete dias abertos e sete dias fechados. Em 28 dias, são 14 dias abertos e 14 dias fechados, só que de uma forma, a nosso ver, mais equilibrada, fazendo com que a gente consiga preservar vidas, mantendo a atividade econômica”, salientou Alessandro.
Informou que Aparecida de Goiânia realiza hoje uma média que vai de 900 a 1000 testes diários e que de 15 dias para cá já foram realizados aproximadamente 20 mil testes de PCR. “Estamos fazendo uma média de 900 a 1000 exames diariamente, o que dá, em relação à população, 40 testes para cada mil habitantes. É um número maior do que o da Coreia do Sul, que fez em torno de 23 testes por mil habitantes.
Os testes são realizados hoje todas as UPAs e a Secretaria de Saúde de Aparecida montou também um drive, que atende com testes, perto do Centro de Especialidades na região do Garavelo. Para ter acesso aos testes, de acordo com ele, primeiro a pessoa tem de ter sintomas ou contato com casos positivos. “Se tiver o sintoma, pode procurar uma das nossas unidades de saúde de urgência e emergência, que são as UPAs. Também pode ligar no 0800-646-1590 que fará o agendamento”.
Segundo Alessandro, Aparecida tem hoje 73 leitos de UTI e a taxa de ocupação, hoje, é de 60%, ou seja, ainda tem disponibilidade de 30 leitos de UTI, sendo 50 leitos no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) e 13 no Hospital Garavelo. “Há dez dias, abrimos mais 10 leitos no HMAP e o total dá 73. Estamos finalizando a contratação de três leitos no Hospital São Silvestre e concluímos a compra de mais 40 ventiladores que devem chegar na semana que vem e vai possibilitar ao nosso município chegar a 120 leitos de UTI”, afirmou. Sobre a reabertura das academias, disse ainda que está em análise no comitê de enfrentamento à pandemia, que se reúne hoje para debater esse assunto.
A entrevista está disponível na íntegra abaixo:
ABC Digital