Secretário da Saúde diz que Goiás seguirá cronograma do Ministério da Saúde para vacina contra a Covid

Ele confirmou que em Goiás a vacinação deve começar no final de fevereiro, conforme sinalizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em reunião ontem em Brasília

Em entrevista hoje, 9/12, ao TBC 1 da TV Brasil Central, o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, confirmou que o Estado vai seguir as decisões e o cronograma de vacinação determinados pelo Ministério da Saúde (MS), porque sempre foi assim no Brasil. “Na reunião de ontem do ministro da Saúde com os governadores ficou sintetizado pelo ministro Eduardo Pazuello que o Ministério da Saúde assumirá de fato as rédeas e que sempre foi dele o programa nacional de imunização, de forma que os estados não vão fazer de forma aleatória, sem um comando central”, observou.

De acordo com Ismael, ficou certo que ao final de fevereiro as vacinas serão realidade aqui para Goiás e pros demais estados também, mas o MS não divulgou um calendário definitivo ainda “e a nossa expectativa é que ele divulgue nas próximas duas semanas este calendário”. Explicou que na reunião foi informado que a vacina da Oxford/AstraZeneca chegará em um quantitativo de 15 milhões de doses, agora em janeiro, e tem também o consórcio Covax Facility, com 42 milhões de doses, com o prazo de fevereiro. Sobre a da Pfizer, que já está sendo aplicada no Reino Unido, afirmou que tem garantido pelo MS um quantitativo de 8 milhões de doses para o primeiro semestre de 2021.

Anvisa

Disse que é provável que a Anvisa faça o registro em caráter emergencial de vacinas, já testadas lá fora, em caráter emergencial e confirmou o que tem dito o ministro Pazuello, que será aplicada qualquer vacina registrada na Anvisa, com condição técnica de ser distribuída aos estados. “Hoje temos três vacinas que estão próximas desse registro: Coronavac (Instituto Butantan, com tecnologia chinesa); da Pfizer (que tem dificuldade por ser armazenada a menos 70º C, e a da Fiocruz (Oxford/AstraZeneca)”, informou acrescentando que será aplicada a que sair primeiro os estados, como garantiu o ministro.

Sobre o anúncio do governo de São Paulo que iniciará a vacinação com a Coronavac em 25 de janeiro, Ismael argumentou que ela ainda não tem registro. “Acredito que o secretário da Saúde do Estado de São Paulo não vai aplicar a vacina sem o registro. O ministro deixou claro que não vai permitir que estados realizem vacinação individualmente”, assinalou. No entanto, salientou imaginar que a Anvisa fará um trâmite excepcional, com 72 horas para a liberação, e que a Coronavac pode se habilitar, se tiver a documentação exigida.

Ele disse também que o Brasil não tem o preparo hoje para armazenar a vacina da Pfizer. “Pode ser que ainda venha ser resolvido, para armazenar uma quantidade maior, mas hoje, não. O que nos foi passado é que estão trabalhando uma condição de armazenamento em pequenas caixas, que garantiriam essa temperatura de menos 70ºC”, salientou.

Falou que o diálogo do Ministério da Saúde com a Pfizer fala em 70 milhões de vacinas, mas somente 8 milhões para o primeiro semestre do ano que vem e 62 milhões para o segundo semestre. “Deixo claro que desde o dia 16 de novembro fizemos o pregão para a aquisição de seringas e agulhas. Fomos o primeiro estado brasileiro a fazer essa aquisição. De forma que quando o MS nos enviar a vacina teremos condições de distribuir e aplicar”, finalizou.

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