Saúde orienta municípios a reforçar o atendimento da população

Diante do aumento do quatro de síndromes gripais, superintendente Cristina Laval defendeu que todo paciente que procurar uma unidade de saúde deve ser pelo menos minimamente orientado

Diante do quadro atual, com a circulação dos vírus da Influenza (gripe), da Covid-19 e da dengue, a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Cristina Laval, disse que a Pasta tem orientado os municípios a reforçar suas equipes de assistência. “A gente sabe que é um momento muito complicado, há uma sobrecarga muito grande de serviço no sistema de saúde, mas é muito importante que nenhuma pessoa que procure atendimento saia sem o mínimo de orientação”, afirmou.

Cristina Laval concedeu entrevista ao Jornal Brasil Central Edição da Noite na última sexta-feira, 7. Ela admitiu que, nos primeiros dias, os sintomas dessas doenças são muito parecidos, principalmente os da dengue com a síndrome gripal, que pode ser causada pelo vírus Influeza ou o da Covid. A pessoa pode ter febre e dor de cabeça, por exemplo. Entretanto, ela alertou que um sintoma que pode parecer de uma gripe leve, dentro de dois a três dias pode se transformar em um problema de saúde maior que exija internação e até de leito de UTI.

“A gente tem orientado os municípios que, mesmo mediante essa avalanche de pacientes, busque estratégias, alternativas para não deixar ninguém sair sem atendimento”, ressaltou a superitendente. Ela alertou que a nova variante da Covid-19, a ômicron, é altamente transmissível, embora tenha pequena capacidade de gerar quadros graves. E tem ainda a circulação do vírus Influenza, que também causa quadro de síndrome gripal. Nos dois casos, as pessoas devem se afastar de suas atividades rotineiras, defendeu.

Testar, testar

Critina Laval disse que é preciso “testar, testar e testar”. Acrescentou que, de outubro do ano passado para cá, a SES tem dispensado aos municípios o teste rápido de antígeno, um teste de alta sensibilidade e especificidade para ajudar nos diagnósticos de Covid. “Porque nós ainda estamos em uma pandemia da Covid”, salientou. As pessoas com síndromes gripais têm que ser testadas primeiro para a Covid. Uma vez eliminada a possibilidade dessa doença, o paciente vai ser tratado e acompanhado como um caso de Influenza.

Ela adiantou que, com o diagnóstico diferenciado, é possível saber qual medicação usar, como usar e por quanto tempo a pessoa deve ficar afastada de suas atividades. A superintendente informou que os municípios estão sendo orientados a se organizarem minimamente para atender os cidadãos, seja por teleatendimento ou pelo disque-saúde para tirar dúvidas. “Mas o cidadão não pode perder o vínculo com a saúde nesse momento em que ainda há tantas dúvidas, são muitos vírus circulando; e é importante a gente manter as medidas de prevenção, controle e tratamento dessa população”, destacou.

Cristina Laval alertou sobre os perigos da automedicação e do que chamou de “Dr. Google". Admitiu a sobrecarga no serviço de saúde, mas argumentou que se trata de um exercício de paciência dos profissionais da saúde e da população, diante do longo tempo de espera por atendimento, mas disse será necessário lidar com isso nessas próximas semanas, até que este momento de turbulência passe.

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