Recuperação de Goiás na geração de empregos supera o desempenho da média nacional
Titular da SIC, Adonídio Neto, disse à RBC que resultado se deve a uma série de fatores; e destacou que ações governamentais contribuem para incentivar a retomada dos investimentos produtivos
Goiás registrou no mês de outubro último saldo positivo (resultado entre contratações e demissões) de quase 9 mil empregos com carteira assinada. Nos dez primeiros meses do ano, o Estado acumula 22.550 novos postos de trabalho criados, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, divulgados nesta quinta-feira, 26.
Em entrevista ao programa O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM, o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Adonídio Neto, disse nesta sexta-feira, 27, que já foram recuperados os empregos perdidos durante os meses de março, abril e maio, época mais crítica da pandemia, quando foram destruídos 30 mil postos de trabalho no Estado. De acordo com ele, de junho até outubro (último mês divulgado pelo Caged), foi registrado saldo positivo de 33 mil empregos.
“Isso faz com que todos aqueles empregos perdidos fossem compensados agora, com esse novo momento da economia, de recuperação econômica”, afirmou aos apresentadores Gil Bomfim e Paulo Henrique Santos. Acrescentou que, ao avaliar o ano inteiro, incluindo os dados de janeiro, fevereiro e março, Goiás tem saldo positivo de 22 mil empregos, o que é “muito importante”. A partir de agosto, já foi possível tornar positivo o saldo de geração de empregos, afirmou.
Série de fatores
Adonídio atribuiu o bom desempenho de Goiás na geração de empregos a uma série de fatores. Lembrou que a economia goiana é muito voltada para a produção de elementos essenciais à vida humana, como alimentos e medicamentos. Destacou que recentemente houve uma “recuperação muito forte” na construção civil. Além disso, a indústria foi o setor que mais aumentou o número de empregos gerados.
Conforme o secretário, o governador Ronaldo Caiado e toda a equipe do governo lançaram neste ano várias linhas de crédito e um novo programa de incentivo fiscal. O licenciamento ambiental foi desburocratizando, o que favorece a chegada de novas indústrias e a expansão das que já operam no Estado. Só na semana passada, foram anunciados 49 investimentos no Estado, com estimativa de, no curto e médio prazos, criar 22 mil novas vagas de emprego.
Comércio e serviços
Adonídio Neto admitiu que nem todos os setores da economia goiana estão reagindo da mesma forma, alguns cresceram e em outros têm recuperação mais lenta. Em outubro foi verificada forte recuperação no comércio e nos serviços, com a geração de 3 mil empregos cada um. Mas tanto comércio quanto serviços ainda estão com números negativos no ano, em Goiás.
No caso do setor de prestação de serviços, bares, restaurantes e hotéis ainda vão demorar mais um pouco para recuperar, ponderou. “Apesar de estarem melhorando, nossa estimativa é que só após a vacina esses setores vão ter normalidade”, disse. Na parte do comércio, disse que setores de calçados e confecções ainda sofrem, mas registraram geração de empregos significativa em outubro.
ABC Digital