Qualificação é fundamental, diz especialista de RH sobre o aumento do desemprego por causa da pandemia
Em entrevista à RBC, Fabrícia Damascena, diretora de Empregabilidade da ABRH Goiás, lembrou que é possível fazer cursos gratuitos de qualificação on line
O IBGE divulgou na semana passada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua referente a 2019, sobre mercado de trabalho. Um dos dados que chamou a atenção é que mais de 80% dos goianos que trabalharam por conta própria no ano passado não possuíam CNPJ.
Contribuem para este quadro fatores como redução de investimentos em setores chaves da economia, troca da mão de obra manual por máquina e falta de políticas públicas de combate ao desemprego. Mas os dados da pesquisa revelam que a queda na taxa de empregabilidade também é agravada para pessoas com pouca ou nenhuma escolaridade.
Para falar sobre esse assunto, a diretora de Empregabilidade da Associação Brasileira de Recursos Humanos Goiás (ABRH Goiás), Fabrícia Damascena, concedeu entrevista, nesta segunda-feira, 31, ao programa O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM.
Mercado de trabalho
Fabrícia disse aos apresentadores Juvêncio Alarcon e Rafael Mesquita que, no atual momento de pandemia, a qualificação profissional se tornou ainda mais importante na hora de conquistar uma vaga no mercado de trabalho, já que a taxa de desemprego aumentou consideravelmente. Ela lembrou que são dois pontos: formações escolar e profissional voltada para o trabalho.
Segundo a diretora da ABRH Goiás, o candidato precisa ter capacitação técnica, mas também deve buscar se qualificar na área emocional. Isso porque, na hora do processo seletivo, serão avaliadas suas competências técnicas e comportamentais.
Aprendizado on line
Fabrícia ponderou que o mundo virtual oferece atualmente muitas alternativas de aprendizado on line. Muitos cursos são disponibilizados gratuitamente na internet, fato que pode favorecer quem está desempregado e sem condições financeiras. Basta buscar cursos sobre finanças pessoais, gestão do tempo, produtividade, entre outros temas, afirmou.
Sobre o aumento da informalidade, a diretora atribuiu a “uma questão de sobrevivência”, pois muitos trabalhadores que tinham vínculo com empresas perderam o emprego devido à crise econômica causada pela pandemia. Então foi preciso recorrer à criatividade, como a venda de marmitas ou quitandas, ou seja, de itens que sejam essenciais para as famílias.
ABC Digital