Psicólogo forense diz que homicidas como Lázaro Barbosa não têm cura

Leonardo Faria, da Polícia Técnico-Científica, afirmou à RBC que as características psicopáticas de um criminoso persistem durante toda sua vida

O criminoso Lázaro Barbosa de Souza ainda não foi encontrado, apesar das buscas policiais entrarem no 13º dia. Ao longo desse período, muitas hipóteses foram levantadas sobre seu modus operandi, como o padrão de levar suas vítimas para a beira de rios e deixá-las nuas, antes de mata-las. Alguns especialistas dizem que esse fugitivo tem o caráter de uma pessoa má, ousada, desafiadora e também egocêntrica.

Para explicar um pouco mais sobre o caráter de Lázaro, o psicólogo forense da Polícia Técnico-Científica de Goiás, Leonardo Faria, foi entrevistado nesta segunda-feira, 21, no programa O Mundo em sua Casa das Rádios Brasil Central AM e RBC FM.

Ele comentou um laudo a respeito do criminoso elaborado no passado, na Penitenciária de Papuda (DF), que o descreveu como “psicopata imprevisível, com comportamento impulsivo, agressivo, instabilidade emocional, falta de controle e equilíbrio mental”. Na avaliação de Leonardo Faria, é muito provável que seja dessa forma.

“Mesmo porque esse tipo de transtorno não tem uma remição de sintomas, não tem uma cura, não deixa de existir, na verdade ele persiste durante toda a vida da pessoa”, afirmou.

No programa Boa Noite Goiás do último dia 17, o médico psiquiatra Marcelo Caixeta também traçou um perfil de Lázaro Barbosa.

Transtorno de personalidade

Na entrevista à RBC, o psicólogo forense, que é mestre em Criminologia, afirmou que a psicopatia é um transtorno de personalidade. Os psicopatas se caracterizam por ter um desprezo pelas normais sociais, ausência de remorso e de culpa frente a ações que prejudicam o outro. E, muitas das vezes, eles não aprendem nem por punições, ou seja, continuam fazendo coisas que prejudicam a sociedade, mesmo punindo, eles não se sentem responsáveis por isso.

Diante do tipo de conduta apresentado por Lázaro Barbosa, Leonardo Faria declarou que tudo leva a crer que ele vai resistir o máximo possível à perseguição policial. “Nesse caso, eu não vejo nesse momento a possibilidade de entrega (dele) não. Acredito que a polícia tem todas as possibilidades de prendê-lo, mesmo porque ela está agindo preservando vidas, ficando na legalidade. A polícia não pode agir de forma imatura e vai envidar todos os esforços para capturá-lo vivo”, afirmou.

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