Psicólogo fala no TBC 1 sobre saúde mental do idoso na pandemia
Para Wadson Arantes, pessoa idosa precisa criar rotina e evitar excesso de notícias sobre a doença e buscar atividades prazerosas em casa ou na internet
Um dos principais segmentos dos chamados grupos de risco para a pandemia do coronavírus, os idosos estão também entre os que mais sofrem com o isolamento social necessário para barrar a disseminação da doença. Não raro, a pessoa idosa sente solidão, fica ansiosa e flerta com a depressão nessa época em que fica pressionada a não sair de casa.
Para amenizar esses sentimentos e a dificuldade de encarar o confinamento provocado pela doença, o psicólogo Wadson Arantes, presidente do Conselho Regional de Psicologia de Goiás, sugere criar uma rotina em casa, evitar muita notícia sobre a doença e procurar atividades que lhe dê prazer. Arantes deu essas e outras dicas no Bate-papo do Dia do telejornal TBC 1 da TV Brasil Central nesta quarta-feira, 22, que teve a apresentação de Eva Taucci.
Segundo Wadson Arantes, a dificuldade do idoso em se adaptar agora ao isolamento social é maior em função de uma autonomia que ela já havia ganhado antes do surgimento da pandemia. “São pessoas que já se sentiam isoladas pela família e pelo mercado e conseguiram ressignificar a vida, tendo uma série de atividades sociais que trouxeram para elas nova autonomia. Com o advento da pandemia, elas estão tendo que ressignificar uma nova história”, disse Arantes.
O psicólogo diz que é normal se sentir triste, com medo e ansioso nessa época, mas a pessoa deve evitar se entregar a esses sentimentos. “O sofrimento não pode ser maior do que a vida”, disse dando mais dicas tanto para a pessoa idosa que tem acesso à internet quanto para aquelas que não têm ou não têm afinidade com tecnologia.
Aos conectados à internet, Wadson Arantes sugeriu atividades como cursos disponíveis no Youtube e outras plataformas online, novas receitas de culinária e manter redes sociais com amigos e familiares. Aos desconectados da rede mundial de computadores, Arantes lembra que é possível ter prazer também com jogos, palavras cruzadas, rever álbuns de fotos da família e cuidar das plantas e animais em casa.
A entrevista pode ser conferida na íntegra abaixo:
ABC Digital