Procon e Polícia Civil alertam consumidores para evitar fraudes na Black Friday
Dirigente do Procon e delegado da Deic deram entrevistas hoje, 27/11, a veículos da Agência Brasil Central alertando e orientando os consumidores nos cuidados para não caírem em golpes na hora da compra
Preocupados em alertar e cuidar para que os consumidores não sejam enganados nesse período de Black Friday, o Procon Goiás e a Polícia Civil goiana se mobilizam nessa tarefa. No programa O Mundo em Sua Casa, das rádios Brasil Central AM e RBC FM, o gerente de Pesquisa e Cálculo do Procon Goiás, Gleidson Tomaz, disse que o órgão está numa cruzada para que o consumidor não seja prejudicado. No TBC 1, da TV Brasil Central, o delegado Adjunto da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Cássio Arantes, informou que a Polícia Civil elaborou uma cartilha para orientar os consumidores a não caírem em golpes quando fizerem compras, especialmente pela internet.
Gleidson afirmou perceber que não só o comportamento do fornecedor está mudando, mas também do próprio consumidor. “Ele já está se precavendo. Chega o mês de novembro ele já está monitorando o preço daquele produto que quer comprar. Talvez essa mudança que vem da parte do fornecedor seja resultado de uma maior fiscalização do consumidor”, assegurou, acrescentando que ainda assim se sabe que ocorrem as falsas promoções, onde o fornecedor costuma aumentar o valor do produto para dar aquele falso desconto ao consumidor.
Para combater isso, alertou, o consumidor precisa ainda ficar atento e o Procon age para auxiliar os consumidores em relação aos preços praticados anteriormente, “porque nós divulgamos no nosso site uma relação com 50 empresas e mais de mil itens”. Informou ainda que há também um levantamento de preços feito na Semana Brasil, em setembro, que dá essa noção de preço ao consumidor.
Maquiagem e entrega
Segundo ele, os dois principais problemas que o Procon identifica que ocorrem na Black Friday são justamente a maquiagem de preço e a não entrega do produto na data combinada e lembrou que no Estado de Goiás há uma lei que determina que, para todo produto que seja vendido com preço promocional, se o consumidor pedir, a empresa tem de apresentar um histórico dos preços praticados na venda daquele produto nos últimos 12 meses.
Orientou ainda que para evitar problemas em compras na internet, é bom que o consumidor imprima cada uma das telas das etapas da compra, “principalmente aquela que mostra o prazo para a entrega do produto, porque, se ele tiver qualquer problema, essa documentação será necessária para a reclamação”. Alertou também para o caso de o consumidor entender que houve um dano moral, pela não entrega do produto na data, além da reclamação no Procon o Consumidor pode ir nos juizados especiais cíveis para abrir um processo por danos morais.
Gleidson informou que o Procon estará com equipes in loco em três principais shoppings da capital e de Aparecida de Goiânia, das 10 horas às 20 horas “e qualquer problema que ele tiver na hora da compra pode abordar os fiscais que eles vão ajudar e, se for necessário, até autuarão o estabelecimento”. E insistiu num alerta: “Comprou um produto numa loja física, teste na loja. Se for testar em casa e der problema, a loja não tem a obrigação de trocar”.
Cartilha
Sobre a cartilha ao consumidor que a Deic fez, o delegado Cássio Arantes disse que ela veio para alertar o consumidor. “Este ano aumentou essa preocupação, porque, em razão da pandemia, o fluxo de compras pela internet aumentou muito, já que foi reduzida a circulação de pessoas em ambientes de lojas físicas. Isso é um terreno fértil para fraudes, pois estelionatários e hackers identificam essa situação, que em tese é uma fragilidade e aproveitam dessa situação para aplicar golpes”, assinalou.
A cartilha, na opinião dele, foi criada com a finalidade de orientar e relembrar as pessoas que têm de tomar alguns cuidados. Ela orienta, por exemplo, para só realizar compras em sites confiáveis, para não cair no golpe de sites falsos com preços muito abaixo do custo, mesmo com a Black Friday.
Outra orientação é a de que o próprio consumidor digite o endereço da loja na barra de endereço da internet. Segundo ele, sites falsos não costumam disponibilizar acesso a todas as suas janelas e é preciso verificar se na barra de endereço da URL tem um cadeado, que indica ser uma página segura. Informou também que a cartilha está disponível no site institucional da Polícia Civil: www.policiacivil.go.gov.br, nas redes sociais da Polícia Civil e nas próprias delegacias.
ABC Digital