Presidente do Ibedec diz que consumidor precisa ficar atento para não ser enganado

Wilson Rascovit falou de todas as armadilhas preparadas por supermercados para induzir e enganar o consumidor na hora da compra

O telejornal TBC 1, da TV Brasil Central, veiculou matéria hoje, 10/11, mostrando que o consumidor está sendo enganado comprando um produto parecido com queijo, mas que não verdade não se caracteriza como queijo. A matéria ensejou uma entrevista com o presidente do Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo), Wilson Rascovit, que confirmou esse detalhe como uma maneira de realmente enganar o consumidor e que por isso é preciso ficar muito atento.

“Como a reportagem mostrou, o consumidor pode comprar um produto achando que é queijo e na verdade não é queijo”, observou, acrescentando que hoje, muitas vezes, a pessoa está comprando um produto e levando outro. Falou da questão do suco, que atualmente quem compra pode estar levando uma coisa parecida, mas que não é suco propriamente. A mesma coisa acontece com os açúcares nos sucos e refrigerantes. Segundo ele, há iniciativas no Congresso Nacional tentando diminuir a quantidade desses ingredientes nos produtos, mas pouco avançaram.

A apresentadora Eva Taucci e o presidente do Ibedec, Wilson Rascovit

Reiterou que “o consumidor infelizmente está sendo enganado. O consumidor é enganado quando vai ao supermercado e é induzido a comprar determinado produto que não é o que ele quer comprar”. Para Wilson, ao se sentir lesado, é importante que o consumidor faça reclamação junto ao Procon de sua cidade, porque, “no caso dessa matéria do queijo, por exemplo, consideramos isso como uma propaganda enganosa”. Afirmou que “a partir do momento que você vende queijo e ele não tem esse derivado no produto, o consumidor está sendo enganado”.

Ele disse entender que os supermercados têm uma parcela de culpa nessa situação, porque quem vai comprar já é induzido desde a linha de visão a pegar o produto que está em mais fácil acesso. “Às vezes, o produto mais barato está na parte de baixo. Nas gôndolas, os produtos que estão na ponta, dependendo do estabelecimento, eles recebem para deixar aquele produto lá na ponta, para que o consumidor seja induzido a pegar o que está com o acesso mais fácil. Isso induz o consumidor, principalmente aquele que não se preocupa com marca e ele acaba sendo lesado”, finalizou.

Confira a entrevista na íntegra:

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