Pneumologista vê necessidade de mais leitos de UTI devido ao avanço da Covid-19

Aumento do número de casos já tem reflexos nas internações, inclusive em UTIs, e acende sinal de alerta

A médica pneumologista Fernanda Miranda de Oliveira aponta necessidade de aumentar a oferta de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) pelo poder público para atendimento dos pacientes com covid-19, em consequência do avanço do número de casos e internações que verificados ao longo deste mês. Em entrevista ao TBC2 na noite de terça-feira, 26, ela enfatizou que as pessoas reduziram os cuidados nas viagens e festejos de fim de ano e as consequências são sentidas agora.

“Talvez não seja correto afirmar que o Brasil vive uma segunda onda da Covid-19. Melhor classificar como uma onda bem prolongada onde, em algum momento começou a reduzir, mas que voltou com muita força”, explicou ela, acrescentando que nos países onde houve segunda onda, a primeira praticamente zerou o número de casos. No Brasil isso não correu. Conforme disse, diante da realidade atual, é fundamental que o sistema de saúde garanta atendimento, incluindo maior disponibilidade de leitos de UTI.

Vacinação

Fernanda Miranda ressaltou também que a vacinação, cujo processo está ainda no início, é fundamental e o ideal é que atinja logo uma parcela significativa da população. “Como profissional da saúde eu já tomei a primeira dose e acredito muito no Programa Brasileiro de Imunização”, afirmou ela ao responder questionamento sobre a desconfiança de muitas pessoas na eficácia da vacina. A médica observou que em todas as situações de pandemia a solução do problema ocorreu com a chegada das vacinas e não será diferente no caso do novo coronavírus.

A especialista observou, contudo, que as pessoas não podem baixar a guarda em relação aos cuidados sanitários como distanciamento social, uso de máscaras, higienização de mãos e outros. “Ao tomar a vacina, a pessoa estará imunizada. Se tiver contato com o vírus não vai contrair a doença. Mas não temos ainda confirmação científica se a pessoa vacinada não poderá ser um transmissor da doença”, reforçou. Concluiu afirmando que mesmo após receber as doses da vacina, as pessoas devem manter os cuidados e evitar as aglomerações.

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