Pneumologista explica no TBC 1 como a Covid ataca os pulmões
A médica Fernanda Miranda disse que a recuperação completa nesses casos é mais lenta e pode levar até 90 dias para sarar as sequelas da doença
Um dos órgãos mais afetados pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, é o pulmão. Para entender como o vírus age nesses órgãos do corpo humano, o TBC 1 desta quarta-feira, 19, ouviu a médica pneumologista Fernanda Miranda. Ela conversou por videochamada com a apresentadora Michelle Bouson e explicou a ação do vírus sobre os pulmões.
Segundo ela, o ataque do coronavírus aos pulmões gera pneumonia, que é a inflação dos alvéolos pulmonares. É uma pneumonia viral, assim como ocorre também quando a doença é causada por uma bactéria. O percentual de comprometimento dos órgãos é medido normalmente por exame de imagem. “Uma das características das pneumonias virais, todas elas, é comprometer os dois pulmões bilateralmente, infeccionando os alvéolos e atingindo a capacidade de oxigenação do sangue da pessoa”, detalhou a médica.
A médica disse que a pneumonia causada pelo coronavírus é normalmente mais fácil de detectar quando atinge 50% da capacidade pulmonar. “É quando sabemos que o paciente está grave, quando ele começa a oxigenar mal e o padrão da tomografia dele mostra esse comprometimento maior da capacidade pulmonar”, acrescentou.
Fernanda Miranda disse que esse estágio da doença só chega, no mínimo, no sétimo dia de surgimento dos primeiros sintomas. Daí a importância de se observar e monitorar os sintomas, principalmente nesse caso de comprometimento pulmonar, a capacidade respiratória, que é o cansaço e perda de fôlego em atividades corriqueiras. E isso, completou, especialmente nas pessoas dos chamados grupo de risco: os idosos, os portadores de doenças crônicas, grávidas, fumantes etc.
A especialista em pneumologia concluiu dizendo que as pessoas que têm o pulmão atingido pela doença, precisam de monitoramento médico por mais tempo após a alta hospitalar. Isso porque a plena recuperação das sequelas nesse órgão pode levar 90 dias, em média.
Confira a entrevista completa:
ABC Digital